Paralisação parcial do governo dos Estados Unidos, resultado do impasse orçamentário no Congresso norte-americano, contribuiu para a apreensão nos mercados globais e influenciou o comportamento
CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

SP – MERCADO/DÓLAR – ECONOMIA – Imagem ilustrativa do dólar americano produzida nesta segunda-feira (20). O dólar fechou esta segunda-feira em baixa ante o real após notícias de que Donald Trump não imporá novas tarifas de importação em seu primeiro dia na Presidência dos Estados Unidos. Dois leilões de dólares realizados pelo Banco Central pela manhã também contribuíram para a queda das cotações no Brasil. 20/01/2025 – Foto: CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A primeira sessão de outubro registrou desempenho negativo para o mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou esta quarta-feira com baixa de 0,49%, atingindo 145.517,35 pontos, encerrando dois dias consecutivos de perdas, algo não visto desde o início de setembro. O giro financeiro foi de R$ 23,3 bilhões.
Apesar da leve correção, o índice acumulou um ganho de 3,40% em setembro, seu melhor desempenho para o mês desde 2019, e mantém alta de 20,98% no ano. No mercado de câmbio, o dólar à vista encerrou o dia com leve alta de 0,11%, cotado a R$ 5,3286. Operadores afirmam que o ambiente local de cautela, diante das incertezas sobre o desfecho da votação pela Câmara dos Deputados do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda, limitou o apetite pelo real.
Pela manhã o dólar era cotado a R$ 5:30 e registrou mínima de R$ 5,2945. A valorização da moeda americana foi impulsionada pela cautela fiscal interna, com incertezas sobre a votação do projeto de ampliação da isenção do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados, e pelo cenário externo. A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos (o “shutdown”), resultado do impasse orçamentário no Congresso norte-americano, contribuiu para a apreensão nos mercados globais e influenciou o comportamento do dólar. Apesar de dados fracos do mercado de trabalho nos EUA terem inicialmente levado o dólar a cair e reforçado as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), a perspectiva de um “shutdown” prolongado elevou o risco no mercado de moedas.
*Com informações do Estadão Conteúdo