O dólar continua sua trajetória ascendente, marcando o segundo pregão consecutivo de alta no mercado brasileiro. Com valores superando a linha de R$ 5,35, esse movimento reflete a valorização da moeda americana em meio a um cenário de aversão ao risco global. As divisas emergentes, especialmente na América Latina, sofreram com o aumento das taxas dos Treasuries em resposta a dados robustos da economia dos EUA. Além disso, declarações cautelosas de dirigentes do Federal Reserve geraram incertezas sobre uma possível redução agressiva das taxas de juros nos próximos meses.
O real, mais vulnerável em momentos como este, acompanhou o desempenho de seus pares emergentes, registrando perdas consistentes. Contudo, a expectativa de cortes de juros no Brasil apenas para 2026 oferece um suporte não desprezível à moeda brasileira. Nesse cenário, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de setembro trouxe boas notícias: a inflação subiu menos do que o esperado, sinalizando uma possível diminuição dos riscos inflacionários.
Apesar de uma leve queda no início do dia, o dólar encerrou a jornada em alta de 0,69%, fechando a R$ 5,3644. Este é o maior valor de fechamento desde o dia 11, quando alcançou R$ 5,3922. Enquanto isso, o Ibovespa, após temporadas de máximas históricas, iniciou um dia de correções, fechando em baixa de 0,81%, aos 145.306,23 pontos, com um volume expressivo de R$ 20,1 bilhões em negociações. Entre os extremos da sessão, o índice oscilou entre 145.186,77 e 146.519,13 pontos, iniciando a jornada acima dos 146 mil.
A leitura revisada do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o segundo trimestre trouxe incertezas sobre como o Federal Reserve ajustará sua política monetária neste ano. Em meio a isso, a prévia de inflação do IPCA-15 veio abaixo das expectativas, proporcionando um panorama misto para os investidores no mercado nacional.
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