
Em um cenário marcado por incertezas, o dólar apresentou uma leve alta nesta segunda-feira, atingindo R$ 5,44. A oscilação reflete um dia de ajustes após uma queda significativa de 1,97% na semana anterior, impulsionada por expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro. O dólar variou menos de três centavos entre sua mínima de R$ 5,4342 e máxima de R$ 5,4597, encerrando o dia com um aumento de 0,11%
O início de agosto tem sido desafiador para a moeda americana, que já enfrenta uma queda de 3,07% em julho e recua 11,94% no acumulado do ano frente ao real. Com a agenda econômica esvaziada, os investidores mantiveram a cautela, aguardando a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA e as repercussões das tarifas impostas às exportações brasileiras.
A tensão aumentou com a notícia da prorrogação das negociações entre o presidente Donald Trump e a China, que, apesar de não ter impactado diretamente o câmbio, deixou os investidores em expectativa. O governo brasileiro está se mobilizando para elaborar um plano de contingência e mitigar o impacto das novas tarifas, sendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com o vice Geraldo Alckmin para discutir essas questões. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o cancelamento de uma reunião importante com o secretário do Tesouro americano, o que poderia influenciar as conversações futuras.
Enquanto isso, o Ibovespa também enfrentou dificuldades, testando a linha dos 136 mil pontos novamente, mas não conseguindo sustentá-la no fechamento. O índice encerrou o dia com uma leve desvalorização de 0,21%, posicionando-se em 135.623,15 pontos, com um giro de R$ 17,7 bilhões. Apesar de uma alta de 1,92% no mês, o desempenho semanal mostra um cenário misto, com oscilações de 135.495,75 a 136.307,33 pontos.
O desempenho das ações também reflete a volatilidade do mercado. As ações da Petrobras avançaram modestamente, mas não conseguiram reverter a queda do índice. Entre os principais bancos, o fechamento foi misto, com Santander e Banco do Brasil apresentando variações negativas e positivas, respectivamente. A Natura se destacou com uma alta expressiva de 5,86%, enquanto Braskem, Azzas e Vamos enfrentaram perdas significativas.
Acompanhamos um cenário de incertezas que continua a influenciar tanto o câmbio quanto a bolsa de valores. Quais suas expectativas para os próximos dias? Compartilhe sua opinião nos comentários!