18 setembro, 2025
quinta-feira, 18 setembro, 2025

Dólar volta a R$ 5,30 e Ibovespa emenda 3º recorde consecutivo após decisão do Fed

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Em uma quarta-feira marcada por incertezas e reviravoltas de mercado, o dólar à vista se mostrou volátil. Após um dia em busca de estabilidade, a moeda norte-americana fechou em alta a R$ 5,3012, interrompendo uma sequência de cinco pregões consecutivos de queda. Durante este período, o dólar havia se desvalorizado em 2,54%, refletindo uma erosão de 2,23% em setembro e impressionantes 14,22% no acumulado do ano.

Como amplamente antecipado, o Federal Reserve cortou a taxa básica de juros em 25 pontos-base, estabelecendo-a na faixa entre 4,00% e 4,25%. Essa decisão foi impulsionada pela deterioração do mercado de trabalho. O gráfico de pontos divulgado pelos dirigentes do Fed reforçou as expectativas do mercado de um total de 75 pontos-base de corte neste ano.

A reunião do FOMC não transcorreu sem dissidências. Stephen Miran, novo diretor indicado por Donald Trump, votou a favor de um corte maior, de 50 pontos-base. Enquanto isso, os diretores Michelle Bowman e Christopher Waller, que na reunião anterior haviam optado por um corte de 25 pontos, mudaram seus votos para acompanhar a prevalência da maioria.

Após o anúncio, a moeda americana inicialmente perdeu força, tocando R$ 5,27, mas logo se acomodou em torno de R$ 5,30, à medida que os especialistas absorveram as declarações de Jerome Powell. O presidente do Fed enfatizou que as decisões futuras sobre juros dependerão dos dados recebidos entre as reuniões, destacando a inflação gerada por tarifas como um fator a ser monitorado com cautela.

Enquanto isso, o Ibovespa também fez história. Pela primeira vez, o índice alcançou 146 mil pontos durante a sessão, impulsionado pela confirmação do corte de juros nos EUA. Apesar de não ter conseguido sustentar esse patamar ao final do dia, o índice fechou com um recorde de 145.593,63 pontos, marcando uma alta de 1,06% e movimentando R$ 45,2 bilhões.

A volatilidade persistiu, com os índices de Nova York apresentando performances diversas, enquanto o Ibovespa mantinha uma tendência positiva. As ações cíclicas, sensíveis às taxas de juros, foram especialmente beneficiadas. Dentre os destaques, RD Saúde, Magazine Luiza e Assaí apresentaram ganhos expressivos, enquanto C&A e Marfrig enfrentaram perdas.

A expectativa de juros globais mais baixos gerou otimismo no mercado, mas a fala de Jerome Powell trouxe um ar de cautela, evidenciando que ainda há incertezas à frente. Em um dia de movimentações intensas, o setor financeiro se destacou, com Bradesco e Petrobras apresentando desempenhos robustos, apesar das tentações de quedas nos preços do petróleo.

O que você pensa sobre essas reviravoltas do mercado? Compartilhe suas opiniões e previsões nos comentários abaixo!

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