22 agosto, 2025
sexta-feira, 22 agosto, 2025

Em culto após ação da PF, Malafaia diz que não tem medo de ser preso

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Em uma noite marcada por emoções intensas, o pastor Silas Malafaia realizou seu primeiro culto após a operação da Polícia Federal (PF), que trouxe à tona um mandado de busca e apreensão contra ele. Em meio a uma assembleia repleta de fiéis na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, Malafaia fez uma declaração contundente: não teme a prisão. Para ele, os esforços do sistema judicial constituem uma tentativa clara de perseguição.

Com toda a confiança de quem se considera uma voz profética, Malafaia declarou: “Não tenho medo de ser preso, de ser retaliado. É mais difícil lutar contra alguém que não tem medo.” Sua fala, no entanto, não se restringiu apenas a aspectos pessoais. Ele aproveitou a oportunidade para criticar a intolerância religiosa e, de forma incisiva, atacou o ministro Alexandre de Moraes, classificando sua atuação como comparável a regimes autoritários e ditatoriais, como os da União Soviética e da Coreia do Norte.

“A democracia brasileira está em risco. As pessoas têm medo de se manifestar publicamente. Isso é um sinal claro de que o Estado democrático no Brasil está em perigo,” afirmou.

O pastor também chamou Moraes de “chefe da Gestapo”, demonstrando seu descontentamento em relação às investigações que o cercam. Contou aos presentes que durante a ação da PF, foram apreendidos cadernos onde ele registra suas pregações, desnudando uma tentativa de cercear sua liberdade de expressão religiosa. Malafaia solicitou que um dos volumes lhe fosse devolvido, mas a ordem para seu recolhimento foi mantida, segundo ele, por instruções de Moraes.

“Não tenho interesse em ser candidato a nada,” reafirmou, desassociando sua atuação da política direta.

Em um momento de transparência, ele comentou o vazamento de mensagens trocadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro, reveladas pela PF. Para Malafaia, essa invasão à sua privacidade reforçou sua imagem de integridade. “O vazamento trouxe à tona minha honestidade de criticar o que deve ser criticado,” disse, evidenciando sua posição independente.

Por outro lado, as repercussões da investigação são sérias: o pastor teve seu celular recolhido ao desembarcar no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e teve seu passaporte retido, o que o impede de deixar o país ou manter contato com outros investigados, como Jair e Eduardo Bolsonaro. A investigação alega que Malafaia participou de ações de desinformação e pressão sobre integrantes do Judiciário.

O culto foi um espaço não apenas de desabafo, mas de resistência e afirmação da fé, reforçando a ideia de que, mesmo em momentos de adversidade, a mensagem de esperança e coragem prevalece. E você, o que pensa sobre os limites entre religiosidade e política? Compartilhe sua opinião!

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