
No dia em que o Banco Central (BC) divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou sua posição sobre a taxa básica de juros, a Selic, que permanece elevada em 15% ao ano. Essa taxa, a mais alta em quase duas décadas, é crucial para o controle da inflação.
Recentemente, o Copom decidiu manter a Selic inalterada, refletindo a intenção de conter a inflação. O aumento da taxa é uma estratégia para desaquecer a demanda, tornando o crédito mais caro e incentivando a poupança. Contudo, reduzir a Selic poderia facilitar o acesso ao crédito, estimulando a produção e o consumo, e favorecendo o crescimento econômico.
“Gabriel Galípolo, o novo presidente do BC, assume um desafio complexo em um período de crise. Heranças difíceis como essa tornam a transição um desafio, e isso não foi totalmente diagnosticado”, comentou Haddad em entrevista.
O ministro afirmou que acredita na possibilidade de uma redução da Selic em breve, destacando que a inflação deve se manter ou ser inferior à do ano anterior. “O Galípolo tem a responsabilidade de entregar bons resultados ao Brasil, e muitos no mercado pensam que é hora de reduzir os juros”, acrescentou.
Para Haddad, a narrativa da transição na presidência do BC entre Roberto Campos Neto e Gabriel Galípolo está longe de ser completa. Ele sugere que as dificuldades enfrentadas durante esse processo serão reveladas com o tempo, uma vez que o país continua a driblar crises que muitas vezes são artificialmente geradas.
A ata do Copom enfatiza que a Selic deve permanecer em 15% por um período prolongado para alcançar a meta de inflação de 3%. O documento também assinala que o cenário global apresenta volatilidade, exigindo cautela por parte de economias em desenvolvimento como a brasileira.
Embora surgem estímulos fiscais e uma possível expansão do crédito possam desafiar essa trajetória, o BC nota que os dados econômicos mais recentes confirmam suas previsões. A reancoragem das expectativas de inflação, segundo a leitura do Copom, pode reduzir os custos associados à desinflação, um processo que exige perseverança e firmeza.
Quero saber sua opinião: você acredita que a Selic deve ser reduzida? Como isso poderia impactar a economia? Comente abaixo e participe desta discussão!