24 agosto, 2025
domingo, 24 agosto, 2025

Em greve, servidores do Judiciário Federal na Bahia divulga carta e reivindica reajuste salarial; saiba mais

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Greve Servidores Judiciário Federal Bahia

Recentemente, servidores do Judiciário Federal na Bahia uniram forças em uma greve nacional, programada entre os dias 30 de junho e 4 de julho. Essa mobilização, marcada por uma carta aberta à sociedade, clama por melhores condições de trabalho e pela defesa do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria.

Na carta acessível ao público, os servidores expõem a urgente necessidade de recomposição salarial e reestruturação de carreira, além do fato alarmante de uma defasagem salarial acumulada de 70%. O prazo para que o Supreme Tribunal Federal envie a proposta de reajuste ao Congresso se encerra em julho, o que intensifica a pressão sobre as autoridades.

“Desde 2022, apresentamos um projeto coletivo de reestruturação, entregue ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mas os entraves persisten”, destacam os servidores em um trecho da carta. Além disso, eles exigem a reposição das perdas inflacionárias, o reenquadramento de auxiliares e a valorização dos aposentados e pensionistas.

Em meio à greve, atos de protesto estão sendo realizados em pontos estratégicos como o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e a Justiça Federal, coincidindo com a inauguração de uma nova sede. Apesar da paralisação, os serviços urgentes continuarão em regime de plantão.

A carta enfatiza que essa greve não é um ataque à população, mas sim, uma luta por condições de trabalho que garantam a qualidade dos serviços prestados. “Nos últimos anos, acumulamos uma defasagem salarial significativa, reflexo de uma década sem mobilizações eficazes”, lê-se no documento.

Além disso, as distorções entre o tratamento dispensado aos servidores e à magistratura são notórias. A carta denuncia benefícios exorbitantes destinados aos juízes, enquanto os servidores enfrentam cortes orçamentários e a negação de direitos fundamentais.

O desmonte da Justiça Eleitoral e a precarização do trabalho também são temas abordados pelos servidores, que rebatem a ideia de que a luta por um PCCS é uma busca por privilégios. “É uma luta por justiça e um serviço público qualificado, acessível e comprometido com a democracia”, afirmam.

Após dois anos de negociações infrutíferas, a decisão de paralisar as atividades foi tomada. “Quem serve ao público merece respeito, e a precarização do serviço público é uma falha com a população”, concluem.

É fundamental que todos estejam cientes dessa luta. O que você pensa sobre a situação? Deixe sua opinião e participe da conversa!

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