24 setembro, 2025
quarta-feira, 24 setembro, 2025

Empresário da Farra do INSS usou fintech e doleiro ligados ao PCC

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Em um esquema de corrupção que choca, o empresário Maurício Camisotti apareceu como o principal controlador de três entidades que se beneficiaram da chamada Farra do INSS. Acusado pela Polícia Federal de movimentações obscuras, ele teve transações que somam R$ 1,2 milhão com fintechs e casas de câmbio com suspeitas de ligação ao Primeiro Comando da Capital (PCC), revelando um enredo de fraude e lavagem de dinheiro que abala as estruturas da segurança financeira do país.

As investigações, que culminaram na Operação Sem Desconto em abril, expuseram uma trama bilionária envolvendo descontos indevidos em aposentadorias. Camisotti, preso no último dia 12 de setembro, era o maestro desse esquema, que rendeu mais de R$ 1 bilhão desde 2021, com seus negócios repassando ao menos R$ 25,5 milhões para o lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o famoso Careca do INSS.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detalharam transações arrojadas, incluindo R$ 568 mil enviados para a Guardiões Câmbio e Turismo. Estranhamente, a empresa é de propriedade de Valdecy Soares Coelho, um indivíduo sem os traços típicos de um magnata, habitando um pequeno apartamento no Brás. Segundo o Ministério Público, Valdecy e sua empresa atuaram como cortinas de fumaça para a lavagem de dinheiro oriundo da Cracolândia, um espaço frequentemente associado a atividades ilícitas.

As movimentações pertencentes a Camisotti também incluem um repasse de R$ 518 mil da BK Bank, uma fintech que se tornou alvo de investigações por suas conexões com o crime organizado. A instituição teve um papel crucial em ocultar valores milionários relacionados a empresas ligadas a Araújo e Mourad, cujas atividades estão profundamente enraizadas nas fraudes do setor de combustíveis. A BK Bank utilizava um sistema de ‘conta bolsão’, uma técnica que dificultava o rastreamento do verdadeiro proprietário dos recursos, protegendo assim os criminosos de investigações.

Além de movimentar cerca de R$ 46 bilhões de maneira não rastreável, a BK Bank confeccionou notas fiscais para importação de produtos químicos, facilitando a adulteração de combustíveis. Este duplo jogo financeiro, que parecia um sonho de liberdade econômica, era na verdade um labirinto de ilícitos que garantiu que o dinheiro sujo se transformasse em aparência de legalidade.

Em meio a esse cenário sombrio, a defesa de Maurício Camisotti foi procurada, mas até o fechamento deste relato não houve retorno. A situação permanece sob análise, e os desdobramentos dessa história poderão abrir um leque de novas investigações e revelações impactantes.

E você, o que pensa sobre essa trama? Acredita que o setor financeiro está realmente preparado para combater fraudes desse nível? Deixe seu comentário e junte-se à discussão sobre este tema tão relevante!

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