22 agosto, 2025
sexta-feira, 22 agosto, 2025

Empresário e professor: os disfarces do maior predador sexual do RS

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Ramiro Gonzaga Barros

“Acima de qualquer suspeita” — essa é a descrição do delegado Valeriano Garcia Neto sobre Ramiro Gonzaga Barros, um homem de 36 anos, conhecido como o “maior predador sexual do Rio Grande do Sul”. Após anos de investigação, o delegado desvendou o modus operandi desse criminoso que, ao longo de 16 anos, entre 2009 e janeiro de 2025, acumulou mais de 700 vítimas.

A vida social ativa de Ramiro, marcada pela aparência de empresário bem-sucedido, o tornava uma figura inofensiva aos olhos da sociedade. No entanto, por trás dessa fachada, ele sistematizava suas abordagens, organizando as informações sobre suas vítimas em arquivos detalhados.

Além de utilizar o meio virtual, Ramiro se adaptou ao longo dos anos para alcançar novas vítimas. Em Taquara, ele dava aulas gratuitas em projetos sociais, criando um ambiente propício para cometer seus crimes, como destacou o delegado.

Mas a atuação de Ramiro não se limitava a esse disfarce: ele também possuía uma loja de animais exóticos, que atraía escolas infantis. Essa estratégia não apenas facilitava o acesso a crianças e adolescentes, mas também confirmava o uso de cada circunstância a seu favor para a prática de abusos.

No entanto, mesmo ao lado da família, Ramiro continuava enganando a todos. O delegado ressalta que seus parentes nunca tiveram conhecimento dos crimes cometidos. A vida dupla do predador se estendia a todos os aspectos de sua existência.

Desmascarado

O verdadeiro rosto de Ramiro foi revelado em janeiro deste ano, quando uma menina de apenas 9 anos decidiu contar à mãe sobre os abusos. Essa coragem deu início a uma investigação que culminou na prisão do criminoso. Entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, ele havia assediado e ameaçado a criança, exigindo que ela enviasse fotos íntimas por meio do Instagram.

Após receber essas imagens, Ramiro usou-as para chantagear a menina, ameaçando divulgar o conteúdo caso ela não enviasse mais fotos. Na operação policial que resultou em sua prisão, foram apreendidas várias mídias digitais contendo centenas de imagens de pornografia infantil, meticulosamente organizadas em pastas com o nome de cada vítima.

No total, os investigadores descobriram mais de 750 arquivos, sinalizando que Ramiro pode ter prejudicado inúmeras vítimas ao longo de sua trajetória de abuso.

As investigações continuam, e até o presente momento, Ramiro foi indiciado em oito inquéritos, cada um relacionado a uma vítima diferente. A busca por justiça e pela educação do público se torna cada vez mais essencial à medida que novos detalhes vêm à tona.

Compartilhe suas reflexões sobre essa trágica história nos comentários e ajude a aumentar a conscientização sobre a segurança infantil.

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