3 setembro, 2025
quarta-feira, 3 setembro, 2025

Empresário suspeito de ligação com PCC tem 8 postos no Entorno do DF

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No entorno do Distrito Federal, a sombra de um grande esquema de ilícitos paira sobre pelo menos oito postos de combustíveis, todos ligados a Armando Hussein Ali Mourad, um empresário que agora está no centro das investigações da megaoperação Carbono Oculto. Essa força-tarefa, iniciada no dia 28 de agosto, desarticula um esquema bilionário de fraudes que conecta o **Primeiro Comando da Capital (PCC)** a poderosos nomes da Faria Lima, o polo financeiro de São Paulo.

Os postos sob a gestão de Armando são identificados como “bandeira branca”, ou seja, não se associam a grandes distribuidoras como Petrobras e Shell. Destes, quatro operam sob a bandeira Infinity e dois sob PPostos. O posto Infinity Divisa, por exemplo, está a menos de 60 quilômetros do coração do DF, o que intensifica a preocupação das autoridades.

O verdadeiro cérebro por trás dessa rede é Mohamad Hussein Mourad, irmão de Armando, que está sob escrutínio por movimentar mais de R$ 50 bilhões através de práticas ilegais. Para encobrir suas atividades, Mohamad colocava sua família à frente das operações, permitindo que os negócios da família prosperassem à sombra da ilegalidade. Com o apoio dos postos, a lavagem de dinheiro se torna uma prática rotineira.

Além dos estabelecimentos no Entorno, Armando controla ou administra mais de 20 postos em vários municípios goianos, como Jataí e Goiânia. A repetição de nomes, como Futura, nas diferentes localidades, levanta ainda mais suspeitas sobre a legalidade das operações. Essa prática mostra como ele e sua família expandem um império que camufla atividades ilícitas.

A operação Carbono Oculto representa a maior mobilização contra o crime organizado no Brasil, com mais de 350 mandados de busca e apreensão em diversos estados. As investigações revelam um esquema complexo que envolve a importação irregular de metanol, visando desviar o combustível para os postos no país. Os dados indicam que esses postos teriam vendido combustíveis com até 90% de metanol, muito acima do permitido pela **Agência Nacional de Petróleo**.

Para operar as receitas geradas por essas fraudes, a organização utilizava fintechs, que atuavam na emissão de notas fiscais para produtos químicos desviados. Através desse sistema, o grupo movimentou aproximadamente R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, evidenciando uma trama profundamente enraizada no sistema financeiro, envolvendo 1.000 postos de combustíveis.

As implicações deste caso são vastas, envolvendo prisões e apreensões em várias regiões. O impacto da operação Carbono Oculto atinge diretamente o mercado, refletindo na necessidade de uma vigilância mais intensificada sobre a legalidade das operações no setor de combustíveis.

Gostou de entender mais sobre essa operação surpreendente? Acompanhe nosso conteúdo e compartilhe sua opinião nos comentários! Sua voz é importante nesse debate sobre o combate ao crime organizado.

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