Na última sexta-feira, 12 de setembro, uma reviravolta chocante foi revelada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) ao desmantelar uma trama de crimes dentro dos hospitais. O suspeito, um enfermeiro de 44 anos, foi preso sob a acusação de drogar pacientes para roubar suas joias e pertences. A operação, batizada de Bad Nurse, foi conduzida pela 15ª Delegacia de Polícia da Ceilândia, que cumpriu mandados de busca e apreensão em sua residência em Taguatinga.
As investigações apontam que o enfermeiro utilizava substâncias sedativas para induzir a inconsciência de suas vítimas, atuando no Hospital Regional de Ceilândia e no Hospital Regional de Taguatinga. Após a sedação, ele subtraía alianças, correntes e outros itens de valor, deixando seus pacientes vulneráveis e desprotegidos.
Durante as diligências, a polícia encontrou semijoias que correspondem às descrições fornecidas pelas vítimas, além de medicamentos restritos, incluindo os sedativos que provavelmente foram utilizados nos crimes. A combinação de evidências reforçou a gravidade da situação.
Veja imagens do momento da prisão:
A investigação, que durou cerca de três meses, ganhou notoriedade quando uma das vítimas fez uma denúncia nas redes sociais, encorajando outras pessoas a se apresentarem à polícia. Até agora, nove vítimas foram formalmente identificadas, cada uma descrevendo o mesmo modus operandi: o enfermeiro se aproximava com a justificativa de administrar medicamentos e, sem prescrição, aplicava sedativos para então roubar.
Um dos relatos mais alarmantes envolve uma vítima que tentou dirigir sob o efeito da droga, resultando em um grave acidente que colocou em risco a vida dela e de terceiros. As investigações aprofundaram-se, reunindo provas significativas como reconhecimentos fotográficos e depoimentos de colegas de trabalho, além de inconsistências nos prontuários médicos.
Frente a um conjunto robusto de evidências, o enfermeiro foi indiciado por roubo em continuidade delitiva, com penas que podem variar de 4 a 10 anos de prisão, além de multas. Após sua detenção, ele foi encaminhado para o sistema prisional, agora à disposição da Justiça.
Ironia do destino, a operação recebeu o nome de Bad Nurse, uma referência à profissão do suspeito, que deveria ser um guardião da saúde, mas que decidiu usar seu conhecimento e acesso a medicamentos para perpetrar atos criminosos. Essa situação abre um importante diálogo sobre a segurança nos cuidados de saúde.
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