15 agosto, 2025
sexta-feira, 15 agosto, 2025

Entenda a participação de cubanos no Mais Médicos

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Cuban doctors in Brazil

Na última quarta-feira (13), os Estados Unidos atacaram o programa Mais Médicos, uma iniciativa brasileira que, desde sua criação em 2013, trouxe atendimento médico a mais de 66,6 milhões de pessoas em 4 mil municípios. Até 2018, os médicos cubanos foram fundamentais, representando a maior parte dos profissionais envolvidos no programa, e atualmente compõem cerca de 10% dos 26 mil médicos que atuam na iniciativa. A organização cubana mantém 24 mil médicos em 56 países, refletindo sua experiência em saúde pública.

Rômulo Paes, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), enfatizou o impacto positivo da colaboração cubana: “Houve uma redução do déficit de acesso à atenção primária de cerca de 56% em vários municípios brasileiros.” As melhoras na relação médico-paciente e a continuidade nos tratamentos foram notáveis, contribuindo para uma significativa diminuição na hospitalização por causas evitáveis nas áreas atendidas.

No primeiro ano do Mais Médicos, a cobertura da atenção básica saltou de 10,8% para 24,6% da população brasileira, um avanço considerável considerando que cerca de 80% dos problemas de saúde se concentram nesse nível de assistência.

No entanto, o recente anúncio dos EUA de revogar vistos de funcionários brasileiros envolvidos no programa gerou polêmica. Segundo os americanos, esses servidores teriam participado de um “esquema de exportação de trabalho forçado” relacionado aos médicos cubanos. Essa crítica se alinha ao histórico embargo econômico imposto pelos EUA a Cuba há mais de 60 anos, que busca influenciar o regime político da ilha.

A participação de médicos cubanos no Mais Médicos, viabilizada pela colaboração com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) entre 2013 e 2018, foi uma solução para a carência de profissionais em regiões desassistidas. Enquanto 11,3 mil cubanos atuavam no programa em seu início, o número caiu para 8,5 mil em 2018. Agora, há 2,6 mil cubanos ainda envolvidos, mas não mais através da OPAS, e sim por meio de editais abertos para estrangeiros.

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais e do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas mostrou que 95% dos atendidos pelo programa estão satisfeitos, com uma nota média de 8,4. Entre a população indígena, essa média sobe para 8,7. O programa Mais Médicos continua sendo uma solução vital para áreas com dificuldade de acesso a cuidados de saúde, um reflexo da importância da colaboração internacional na saúde pública.

Qual a sua opinião sobre o programa Mais Médicos e a participação dos profissionais cubanos? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!

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