O Rio de Janeiro, após brilhar como sede do G20 há apenas oito meses, se prepara para receber novamente o mundo em um evento internacional de grande relevância: a Cúpula do Brics. Nos dias 6 e 7 de outubro, sob a presidência brasileira, este grupo formidável começará a traçar novas direções com foco em cooperação global em áreas essenciais como saúde, comércio e combate às mudanças climáticas.
Mas o que exatamente é o Brics? Trata-se de um espaço de articulação política e diplomática que reúne países do Sul Global, buscando fortalecer suas vozes em instituições internacionais importantes, como a ONU e o FMI. Sem ser uma organização formal, o Brics se destaca por sua busca incansável por equidade e influência na arena global.
Atualmente, o Brics conta com 11 países-membros, incluindo Brasil, China e Rússia, além de dez países-parceiros, tais como Bolívia e Vietnã. Essa estrutura permite uma dinâmica única onde apenas os membros têm direito a deliberar e votar em decisões importantes, enquanto os parceiros podem participar dos debates e contribuir para o diálogo.
O conceito de Brics surgiu em 2001, quando o economista Jim O’Neil previu a ascensão do Brasil, Rússia, Índia e China como potências emergentes. Desde então, o grupo se expandiu, incluindo países como a Arábia Saudita e o Egito, e continua atraindo o interesse de nações ao redor do mundo.
A reunião no Brasil não é apenas uma oportunidade de diálogo, mas também reflete o impacto significativo desses países na economia global, que juntos representam 39% do PIB mundial e quase metade da população. Com uma prioridade clara na questão energética, o grupo controla mais de 43% da produção de petróleo e 72% das reservas de minerais raros.
As prioridades do Brasil no Brics incluem uma ampla gama de temas, como saúde global, comércio, investimento, e governança da inteligência artificial. O Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics, se destaca como uma ferramenta essencial para financiar projetos sustentáveis em países em desenvolvimento, já tendo aprovado investimentos significativos em infraestruturas nas nações membros.
No entanto, o Brics não é um blocos formal; suas decisões dependem do consenso entre os líderes e a implementação é um desafio que cada país deve enfrentar por conta própria. Embora não haja previsões imediatas para novos membros, a adesão futura será considerada de acordo com as circunstâncias.
Nessa cúpula, o Brasil terá a oportunidade de consolidar suas prioridades e solidificar a presença do Sul Global no cenário internacional, reafirmando sua posição em um mundo cada vez mais multipolar.
E agora, o que você pensa sobre a atuação do Brasil no Brics? Deixe sua opinião nos comentários e participe desse debate importante!
