24 agosto, 2025
domingo, 24 agosto, 2025

Entidades denunciam redução da distribuição de alimentos em Gaza

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Entidades denunciam redução da distribuição de alimentos em Gaza



Crianças palestinas aguardam por comida em um ponto de distribuição em Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza

Mais de 200 organizações não governamentais em todo o mundo levantaram suas vozes contra a drástica redução dos pontos de distribuição de alimentos em Gaza, que caiu de 400 para apenas 4. Este alarmante informe foi divulgado na última terça-feira, destacando um cenário de aglomeração insalubre que afeta 2 milhões de pessoas. As organizações pedem, urgentemente, a reintegração das operações da ONU na Palestina e o fim do bloqueio israelense à ajuda humanitária.

Na carta, intitulada Fome extrema ou tiroteio, as entidades alertam que em menos de um mês mais de 500 palestinos perderam a vida e 4 mil ficaram feridos ao tentar conseguir alimentos. As informações revelam que, em muitos casos, cidadãos desesperados são alvos de disparos por parte das forças armadas israelenses, que operam em um ambiente de militarização intensa.

O documento evidencia uma alarmante estratégia de aniquilamento, onde fome, sede e deslocamentos forçados se tornaram armas de opressão contra o povo palestino. A descrição vívida de civis forçados a enfrentar perigos severos para alcançar escassos recursos retrata uma situação de total desumanização. As organizações pedem o fim da Fundação Humanitária de Gaza e a reabertura de canais de ajuda, sob a supervisão da ONU.

“Sob o novo regime do governo israelense, civis em busca de alimento são forçados a passar por áreas perigosas, competindo de forma violenta por suprimentos escassos. Esses pontos de distribuição tornaram-se locais de massacre, desrespeitando o direito internacional”, afirmam os autores da carta.

Muitos estão tão debilitados que nem sequer conseguem participar das disputas por alimentos. Outros saem das filas com quantidades insuficientes para sobreviver. Além disso, a escassez de combustível agrava ainda mais a situação, impactando serviços essenciais, como abastecimento de água, ambulâncias e hospitais.

A realidade é devastadora: crianças órfãs cercadas por mortos e feridos em meio a ataques a civis. Com o colapso do sistema de saúde em Gaza, muitos feridos enfrentam a morte em solidão, sem acesso médico. Durante uma coletiva de imprensa, uma especialista da Anistia Internacional relatou o desespero de um palestino que descreveu a luta pela sobrevivência em termos mais do que humanos.

“Quando as portas se abrem, todos correm por comida. Ninguém nos olha nos olhos”, disse. Para Fady Abed, da MedGlobal, o cenário é ainda mais chocante, com crianças apresentando quadros graves de saúde. A equipe de ajuda enfrenta barreiras que vão desde o acesso à Gaza até a limitação de suas atividades no local.

As mães, desesperadas, relatam que não conseguem amamentar adequadamente seus recém-nascidos, não por falta de vontade, mas pela inacessibilidade dos alimentos. Os preços, exorbitantes, elevam-se em até cem vezes em relação ao passado, tornando a compra de itens básicos um verdadeiro desafio.

Dados da ONU indicam que cerca de 70% das vítimas fatais em Gaza são crianças e mulheres, a maioria atingida em seus lares. Ao compartilhar essa realidade, fica evidente que o tempo para agir é agora. O que você acha dessa situação? Vamos discutir nos comentários e ser a voz da mudança. Sua opinião conta!


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