23 agosto, 2025
sábado, 23 agosto, 2025

Abandonados, francesa e filho com down “moram” 5 dias em aeroporto

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No coração de um dos maiores aeroportos do Brasil, uma história de abandono e vulnerabilidade emergiu nas últimas semanas. Uma idosa francesa, de 77 anos, e seu filho de 42 anos, que vive com síndrome de Down, foram deixados à própria sorte no Aeroporto Internacional de São Paulo. Tudo começou com a partida de um familiar que, após embarcar em um voo da Qatar Airways rumo à França, os deixou para trás em um momento de grande necessidade.

Durante cinco longos dias, mãe e filho enfrentaram a solidão e o descaso no terminal. A situação só ganhou atenção após questionamentos de uma equipe de reportagem, levando as autoridades locais a agir. Ambos foram finalmente encaminhados ao Hospital Geral de Guarulhos, onde a idosa foi diagnosticada com uma trombose grave, enquanto seu filho lutava contra as consequências da falta de higiene.

A Prefeitura de Guarulhos admitiu estar ciente do caso desde o início, mas notou dificuldades em acolher a mulher, que se negava a aceitar ajuda. A idosa, em um vídeo gravado durante sua permanência no aeroporto, compartilhou suas angústias. Ela revelou ter vindo da Bolívia e sonhava em seguir para Moscou, onde queria buscar um novo começo. Porém, a sua condição de saúde e a do filho impediram o embarque desejado.

Após a recusa da tripulação devido ao estado da mãe, ambos foram provisoriamente hospedados em um hotel do aeroporto, mas logo se viram obrigados a sair e dormir em bancos improvisados no terminal. Sua subsistência se tornou dependente da solidariedade de estranhos, que se compadeceram ao ver sua situação precária.

Oficiais do Consulado da França em São Paulo avaliaram a situação e recomendaram que a idosa retornasse à Bolívia, onde ainda havia laços familiares. Porém, seu filho, que não se mostrava disposto a assumir a responsabilidade, alegou não ter como cuidar dela. O desespero da mãe se tornou aparente enquanto ela clamava por uma solução que as mantivesse juntas, evitando a separação.

Após diversas interações entre os órgãos competentes, a Prefeitura e a GRU Airport, um quadro mais claro começou a se formar. Ambos os lados afirmaram que estavam em constante comunicação para garantir que a família não fosse deixada desamparada, mesmo diante da complexidade do caso. Contudo, críticos desta situação apontaram a falta de ação proativa das autoridades locais, que não buscaram intervir antes que a situação se tornasse tão crítica.

Essa história deixa um apelo profundo sobre a humanidade e nosso papel na ajuda ao próximo. O que você faria se encontrasse alguém em situação semelhante? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a espalhar a conscientização sobre a importância do cuidado e da compaixão em momentos difíceis.

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