O recente gesto do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao posear com a bandeira de Israel durante a Marcha Para Jesus, provocou uma onda de críticas, especialmente entre os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A imagem, capturada na quinta-feira, 19 de junho, levou a reações contundentes nas redes sociais.
Márcio França, ministro do Empreendedorismo e um dos principais opositores de Tarcísio, não poupou palavras. Ele argumentou que a ação do governador “humilhou toda a comunidade árabe, síria e libanesa” e a classificou como um “erro grave”. Em sua publicação no Instagram, França destacou a relevância desse grupo, dizendo que São Paulo abriga mais de dez milhões de pessoas com raízes libanesas e árabes, afirmando que “São Paulo é um estado da federação e não deve se envolver em guerras.”
As críticas não pararam por aí. Guilherme Boulos (PSol), conhecido por sua atuação política e adversário de Tarcísio, também se manifestou. Ele lembrou em suas redes sociais que a imagem de apoio ao Estado de Israel deveria ser memorável para a comunidade árabe de São Paulo, em especial nesse momento delicado de conflitos no Oriente Médio.
Durante a Marcha, Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foram vistos segurando bandeiras de Israel, refletindo uma forte conexão com a comunidade evangélica. Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, expressou gratidão ao apoio dos evangélicos, afirmando: “No momento em que o mundo vira as costas, vocês têm nos dado força.”
No entanto, a escolha de visibilidade ao símbolo israelense em um evento religioso levanta questões sobre as implicações políticas e sociais de tal apoio, considerando a diversidade cultural e a sensibilidade que o tema evoca.
Essas ações não apenas desencadearam um debate sobre a política externa do Brasil, mas também sobre o papel da religião na política nacional. O que você pensa sobre o gesto de Tarcísio e as reações que ele gerou? Deixe sua opinião nos comentários!