23 setembro, 2025
terça-feira, 23 setembro, 2025

Após relato de Leifert, médicos alertam sobre câncer ocular infantil

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A história de Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin, é um relato poderoso sobre amor e conscientização. Ao compartilhar a trajetória de sua filha Lua, diagnosticada com um câncer ocular aos 4 anos, eles não apenas abrem seu coração, mas também lançam uma luz sobre um tema crucial: a importância do diagnóstico precoce. Com a campanha De Olho nos Olhinhos, que já atingiu mais de 150 milhões de brasileiros, o casal busca alertar outros pais sobre a necessidade de cuidados oftalmológicos na infância.

Na entrevista à revista Quem, Daiana enfatiza como a falta de conhecimento pode ser letal. “Chegamos tarde ao diagnóstico e ao tratamento. O caso da Lua já estava bem avançado quando descobrimos. Nós não sabíamos que existia o retinoblastoma e que todo bebê deve ir ao oftalmologista aos seis meses”, conta. Essa experiência os motivou a criar a campanha, um grito de alerta para que outras famílias não atravessem pelo mesmo drama.

Tiago, refletindo sobre o caminho até a confirmação da doença, revela: “Entre os primeiros sintomas e a consulta que cravou o diagnóstico, nós perdemos bastante tempo. Dispendemos tempo por pura ignorância. Quando dizia que algo estava errado, todos achavam que era normal ou que eu estava exagerando.” A história deles serve como um lembrete de que a atenção a pequenos sinais pode fazer toda a diferença.

O oftalmologista Gustavo Bonfadini explica que o retinoblastoma, embora raro, é o tumor ocular maligno mais comum na infância, afetando cerca de uma em cada 15 a 20 mil crianças. É crucial observar indícios como um reflexo branco na pupila, chamado leucocoria, que pode se manifestar em fotos com flash, e também o estrabismo. Em estágios mais graves, sinais como vermelhidão persistente ou dor ocular podem surgir. Essa é uma chamada à ação para que os pais permaneçam vigilantes.

Além disso, Pedro Fabio de Mello reforça que cada sintoma, por mais sutil que possa parecer, deve ser motivo para uma investigação imediata. “Os sinais iniciais podem ser discretos, mas ignorá-los pode ter consequências sérias. A detecção precoce do câncer ocular pode significar a diferença entre preservar a visão e a saúde da criança”, alerta.

O diagnóstico rápido foi uma mensagem central durante a conversa. Tiago enfatizou que qualquer sinal deve ser avaliado por um especialista. “Se não houver oftalmologista na cidade, converse com o pediatra ou mesmo procure um médico da família em um posto de saúde”, sugere. O ideal é que os bebês sejam avaliados por um oftalmologista nos primeiros meses de vida, com acompanhamento anual até os 5 anos.

O teste do reflexo vermelho é um procedimento simples que pode começar na maternidade e deve ser repetido nas consultas pediátricas. Exames adicionais, como mapeamento de retina ou ressonância magnética, são essenciais para confirmar o diagnóstico se houver suspeitas. A abordagem proativa pode salvar vidas e preservar a visão de crianças como Lua.

A narrativa de Tiago e Daiana é mais do que uma história de luta; é um lembrete inspirador da importância de se estar atento aos sinais e assumir um papel ativo na saúde dos filhos. Cada feedback, cada história pode empoderar outros pais na mesma jornada. O que você pensa sobre a conscientização em saúde infantil? Compartilhe sua opinião!

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