
Após uma jornada de perseverança e resiliência, a atriz carioca Gabriela Amerth finalmente vive um dos momentos mais significativos de sua carreira: a estreia no cinema hollywoodiano. Após mais de 70 testes frustrados e uma rotina que envolveu trabalhos como garçonete, babá e até passeadora de cães, Gabriela se emociona ao relatar o impacto desse grande passo. “É um momento de transição. Embora eu ainda complemente minha renda com fotografia e produção, a atuação tem ocupado cada vez mais espaço na minha vida”, compartilha a artista de 30 anos.
Natural do Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, Gabriela começou sua trajetória no teatro aos 11 anos e não olhou para trás. Audicionando sozinha, sem agente nos EUA, ela conquistou o papel de Elizabeth, uma jovem neurodivergente, no filme ‘Brownsville Bred’, que teve sua estreia no Los Angeles Latino Film Festival. “Quando soube que tinha sido aprovada, gritei e pulei de alegria. Foi uma verdadeira validação”, relembra.
Além de sua estreia, Gabriela já deixou sua marca em produções como ‘Succession’, da HBO, e um filme para a Prime Video. Com uma visão clara sobre seu trabalho, ela afirma: “Quero usar meu talento para emocionar, e assim estimular reflexões”.
Durante a entrevista, Gabriela falou sobre o desafiador processo de construção de sua personagem Elizabeth. “Busquei abordá-la de maneira humana e respeitosa, evitando representações estereotipadas. Estudei a neurodivergência, mas foquei nas nuances que formam a personalidade dela.” Ela se dedicou a capturar a autenticidade de Elizabeth, destacando sua curiosidade e afeto, elementos que refletem a complexidade do ser humano.
Quando questionada sobre a solidão que enfrentou ao se mudar para os EUA, Gabriela destaca: “A vida em comunidade no Brasil é única, e a solidão aqui é desafiadora.” Cada tarefa que assumiu na terra do Tio Sam contribuiu para sua formação como artista, enriquecendo suas interpretações e proporcionando uma nova maturidade pessoal e profissional.
Desde seus primeiros passos no teatro, Gabriela encontrou na atuação um refúgio e uma forma de pertencimento. “A arte me fez sentir viva e me proporcionou uma oportunidade de expressar emoções profundas.” Com uma trajetória decididamente mais rica, ela se vê agora pronta para abraçar novas oportunidades e desafios, conscientes de que a arte é também uma forma de ativismo. “Contar histórias promove empatia e conscientização social”, afirma.
Sobre seus próximos sonhos, Gabriela menciona desde séries de fantasia a filmes do renomado Christopher Nolan, sempre mantendo em mente a importância de continuar sonhando grande. “O que mais quero é seguir utilizando minha arte para tocar corações e fazer o público pensar.” A jornada de Gabriela é um testemunho de que a persistência pode, com certeza, transformar sonhos em realidade.
E você, qual história gostaria de ver sendo contada? Compartilhe suas ideias e inspire-se com a trajetória de Gabriela Amerth!