18 agosto, 2025
segunda-feira, 18 agosto, 2025

Atriz é confundida com vítima de A Mulher da Casa Abandonada: entenda

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Em 2022, a história chocante de Margarida Bonetti veio à tona, revelada por Chico Felitti. Moradora de uma mansão em ruínas em Higienópolis, São Paulo, Margarida foi foragida nos Estados Unidos nos anos 2000, acusada de impor condições de trabalho escravo a uma empregada doméstica. Este caso se tornou um dos crimes mais grotescos expostos no Brasil.

Agora, três anos depois, o documentário A Mulher da Casa Abandonada, disponível no Prime Video, traz à luz a história de Hilda dos Santos, a vítima desses abusos. Pela primeira vez, são ouvidos os seus relatos angustiantes da década de 1990, acompanhados de simulações das agressões que sofreu. Esta produção não só revive a dor de Hilda, mas também resgata sua luta por liberdade.

Sob a direção de Kátia Lund, a atriz Kkuumba Siegell, originária da Gâmbia e naturalizada americana, se adentrou na complexa narrativa de Hilda. Durante as filmagens em Gaithersburg, onde Hilda viveu com a família Bonetti, a semelhança da atriz com a vítima foi tão marcante que antigos moradores acreditavam que estavam vendo Hilda novamente. Eles se lembraram dela com carinho, pois foram essenciais em momentos críticos, incluindo um episódio em que ajudaram Hilda a conseguir tratamento médico enquanto seus patrões estavam no Brasil.

“Ela veio pensando desde Nova Iorque sobre a Hilda. Quando ela se vestiu, ela já incorporou o espírito da Hilda,” relata a diretora. “Alguns vizinhos ficaram tão chocados que chegaram a dizer: ‘Hilda, é você?’. Eles ficaram impressionados.”

Com a caracterização para as cenas, Siegell frequentemente era chamada pelo nome de Hilda. “Os vizinhos me chamavam de Hilda, realmente achando que eu era ela,” comenta. Sem ter contato direto com a verdadeira Hilda, a atriz mergulhou em fotos e relatos para compreender e recriar a dor que a empregada doméstica enfrentou. “Concentrei-me em sua imagem e imaginei sua dor, a barreira da língua e a solidão de estar em um país estrangeiro,” explica.

“No caso da Hilda, era mais do que trabalho pesado: era tortura e escravidão. O que ela passou e sobreviveu é uma lição para todos nós. Não tenho outra escolha senão dar o meu melhor para fazer justiça a esta história.”

Kkuumba Siegell, atriz que interpreta Hilda dos Santos

O universo desse documentário é intenso e traz à reflexão a dura realidade enfrentada por tantas pessoas em situações semelhantes. Como você vê o impacto de histórias como a de Hilda no cotidiano atual? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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