
Em um mundo onde as tecnologias emergentes moldam o futuro dos negócios, a inteligência artificial (IA) surge como uma aliada vital, especialmente nas iniciativas de preservação ambiental. A Fundação Certi, com seu histórico de atuação na Amazônia desde 1999, destaca como a IA está rapidamente se tornando um pilar fundamental para a conservação da biodiversidade e a promoção do empreendedorismo verde.
Nos últimos anos, o número de startups focadas na Amazônia cresceu sete vezes, atingindo a impressionante marca de 700 iniciativas. Esse movimento não mostra sinais de desaceleração, e a expectativa é de que, até 2027, mais de mil startups estarão operando nos diversos segmentos da bioeconomia, empregando a inteligência artificial para monitorar o manejo sustentável do açaí.
Carbono Xingu é um exemplo brilhante dessa transformação. A região do Xingu tornou-se um laboratório de inovação na “economia verde”, onde SLC Agrícola, Agro Penido, Agrorobótica e Embrapa Instrumentação uniram forças para desenvolver um programa revolucionário. Lançado no primeiro semestre de 2025, o Carbono Xingu utiliza tecnologias da NASA para transformar propriedades rurais em usinas de sequestro de carbono, com um projeto ambicioso que começa em 8,9 mil hectares.
O sistema inovador, que aproveita espectrometria a laser — a mesma tecnologia utilizada em missões da NASA, como a do robô Curiosity em Marte —, coleta dados sobre carbono e fertilidade do solo, analisando mais de mil amostras diariamente. Essas informações, armazenadas na nuvem, são processadas pela inteligência artificial em questão de segundos, gerando laudos que orientam práticas sustentáveis, como o uso de plantio direto e bioinsumos.
Com essas estratégias, as fazendas não apenas contribuem para a redução das emissões de carbono, mas também aumentam sua produtividade, transformando o solo em um ativo ambiental. O objetivo é claro: alcançar a meta de emissão líquida zero de carbono, um passo vital para o futuro do planeta.
Muvuca é outra demonstração poderosa de como a tecnologia pode ser utilizada para restaurar o meio ambiente. Desde 2007, a Rede de Sementes do Xingu tem trabalhado incansavelmente, colhendo e distribuindo mais de 390 toneladas de sementes de 220 espécies diferentes, possibilitando a recuperação de quase 11 mil hectares de áreas degradadas.
Lia Rezende, coordenadora de comunicação da Rede, destaca a importância da evolução tecnológica nesse contexto. “Tem muitos coletores que desenvolvem máquinas de beneficiamento das sementes, facilitando o trabalho. As tecnologias de comunicação também ajudam a sistematizar dados e a divulgar nossas atividades”, afirma ela. A muvuca, técnica que combina uma diversidade de sementes para acelerar a restauração da biodiversidade, reúne conhecimento e inovação para maximizar os resultados.
Com mais de R$ 8 milhões gerados através da venda de sementes, as comunidades envolvidas — incluindo povos indígenas e agricultores familiares — não apenas contribuem para a restauração ambiental, mas também para sua própria sustentabilidade econômica. Desde 2019, a rede se empenha na recuperação ecológica, reforçando seu compromisso com o meio ambiente e a promoção de uma agricultura mais responsável.
Em tempos de desafios ambientais, a união entre tecnologia e sustentabilidade se mostra promissora. E você, como acredita que a tecnologia pode continuar a influenciar positivamente a preservação do nosso planeta? Deixe suas ideias e comentários abaixo!