
Em meio aos desafios enfrentados pelo Brasil, uma estratégia integrada vem transformando vidas: a Estratégia Alimenta Cidades e suas diversas ações como Cozinhas Solidárias, Agricultura Urbana e Periurbana, Cisternas e Fomento Rural. Essa rede de iniciativas fortalece pequenos produtores, amplia o acesso à comida de qualidade e devolve dignidade a milhões, reafirmando que o direito a uma alimentação adequada é fundamental.
Em 2024, o programa Alimenta Cidades alocou R$ 15,5 milhões para a compra e doação de alimentos em 27 municípios e investiu R$ 8 milhões na modernização de bancos de alimentos em nove cidades. A habilitação de 410 cozinhas solidárias, 77% delas localizadas em regiões com altos índices de insegurança alimentar, demonstra um compromisso real com a mudança.
O Programa de Aquisição de Alimentos já investiu mais de R$ 2 bilhões nos últimos dois anos, adquirindo 400 mil toneladas de alimentos frescos diretamente de agricultores familiares. Essa estratégia não apenas garante a renda dos produtores, mas também assegura refeições saudáveis para aqueles que mais necessitam, como escolas e comunidades locais.

“A segurança alimentar é mais do que evitar a fome. Ela envolve o acesso a alimentos frescos e culturalmente apropriados”, ressalta Patrícia Gentil, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). Sua fala ecoa uma conquista significativa: em 28 de julho de 2025, o Brasil foi declarado fora do Mapa da Fome, com a taxa de subalimentação reduzida para menos de 2,5%.
Essa vitória é um reflexo do engajamento em diversas frentes: fortalecimento da agricultura familiar, ampliação do Bolsa Família, investimentos em cozinhas comunitárias e o retorno do apoio à produção local. “A promoção da alimentação saudável para todos é uma prioridade”, afirma Lilian Rahal, secretária de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.
No semiárido nordestino, a introdução de cisternas tem sido um divisor de águas. Acesso à água potável trouxe uma redução de 29% na mortalidade e 26% nas internações hospitalares, enquanto o tempo gasto para buscar água caiu quase 90%. Isso permitiu que as famílias focassem em trabalho, estudo e lazer, elevando as chances de emprego formal e aumentando a renda dos trabalhadores.

A transformação não se limita ao campo. Desde 2018, foram estabelecidas 231 hortas urbanas, com milhares de kits de sementes e capacitações para lideranças locais. A interministerialidade entre o MDS e outros ministérios fortaleceu a Agricultura Urbana, contribuindo para a redução de desertos alimentares e promovendo uma cultura de alimentação saudável nas cidades.
Além disso, as políticas do MDS reconhecem a comida como parte essencial da cultura e identidade. A inclusão de comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, nos programas de segurança alimentar destaca a importância de preservar a biodiversidade e valorizar práticas alimentares locais. “Criamos o PAA Indígena para valorizar hábitos alimentares locais, proporcionando alimentos saudáveis e adequados”, explica Lilian.

Ao longo deste ano, as cozinhas solidárias apoiadas pelo governo deverão preparar mais de 14 milhões de refeições. O Fomento Rural beneficia quase 346 mil famílias, muitas delas lideradas por mulheres, comprovando a importância da inclusão feminina na segurança alimentar.
Os avanços conquistados, mesmo diante de desafios como a crise climática, revelam uma engrenagem robusta: agricultores com suporte técnico, cozinhas coletivas servindo refeições, hortas comunitárias revitalizando bairros e a valorização das comunidades tradicionais. O Brasil que Alimenta é mais do que um programa; é uma demonstração de que a luta contra a fome vai além do ato de encher pratos. É sobre transformar vidas, gerar oportunidades e assegurar que a alimentação saudável seja um direito de todos.
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