27 agosto, 2025
quarta-feira, 27 agosto, 2025

Brasil que Alimenta: a estratégia que tirou o Brasil do mapa da fome

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foto de um prato de comida super colorido

Em meio aos desafios enfrentados pelo Brasil, uma estratégia integrada vem transformando vidas: a Estratégia Alimenta Cidades e suas diversas ações como Cozinhas Solidárias, Agricultura Urbana e Periurbana, Cisternas e Fomento Rural. Essa rede de iniciativas fortalece pequenos produtores, amplia o acesso à comida de qualidade e devolve dignidade a milhões, reafirmando que o direito a uma alimentação adequada é fundamental.

Em 2024, o programa Alimenta Cidades alocou R$ 15,5 milhões para a compra e doação de alimentos em 27 municípios e investiu R$ 8 milhões na modernização de bancos de alimentos em nove cidades. A habilitação de 410 cozinhas solidárias, 77% delas localizadas em regiões com altos índices de insegurança alimentar, demonstra um compromisso real com a mudança.

O Programa de Aquisição de Alimentos já investiu mais de R$ 2 bilhões nos últimos dois anos, adquirindo 400 mil toneladas de alimentos frescos diretamente de agricultores familiares. Essa estratégia não apenas garante a renda dos produtores, mas também assegura refeições saudáveis para aqueles que mais necessitam, como escolas e comunidades locais.

sisterna em zona rural

“A segurança alimentar é mais do que evitar a fome. Ela envolve o acesso a alimentos frescos e culturalmente apropriados”, ressalta Patrícia Gentil, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS). Sua fala ecoa uma conquista significativa: em 28 de julho de 2025, o Brasil foi declarado fora do Mapa da Fome, com a taxa de subalimentação reduzida para menos de 2,5%.

Essa vitória é um reflexo do engajamento em diversas frentes: fortalecimento da agricultura familiar, ampliação do Bolsa Família, investimentos em cozinhas comunitárias e o retorno do apoio à produção local. “A promoção da alimentação saudável para todos é uma prioridade”, afirma Lilian Rahal, secretária de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.

No semiárido nordestino, a introdução de cisternas tem sido um divisor de águas. Acesso à água potável trouxe uma redução de 29% na mortalidade e 26% nas internações hospitalares, enquanto o tempo gasto para buscar água caiu quase 90%. Isso permitiu que as famílias focassem em trabalho, estudo e lazer, elevando as chances de emprego formal e aumentando a renda dos trabalhadores.

horta em uma terra

A transformação não se limita ao campo. Desde 2018, foram estabelecidas 231 hortas urbanas, com milhares de kits de sementes e capacitações para lideranças locais. A interministerialidade entre o MDS e outros ministérios fortaleceu a Agricultura Urbana, contribuindo para a redução de desertos alimentares e promovendo uma cultura de alimentação saudável nas cidades.

Além disso, as políticas do MDS reconhecem a comida como parte essencial da cultura e identidade. A inclusão de comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, nos programas de segurança alimentar destaca a importância de preservar a biodiversidade e valorizar práticas alimentares locais. “Criamos o PAA Indígena para valorizar hábitos alimentares locais, proporcionando alimentos saudáveis e adequados”, explica Lilian.

galhos frutíferos ao chão do lado da cesta cheia de frutas

Ao longo deste ano, as cozinhas solidárias apoiadas pelo governo deverão preparar mais de 14 milhões de refeições. O Fomento Rural beneficia quase 346 mil famílias, muitas delas lideradas por mulheres, comprovando a importância da inclusão feminina na segurança alimentar.

Os avanços conquistados, mesmo diante de desafios como a crise climática, revelam uma engrenagem robusta: agricultores com suporte técnico, cozinhas coletivas servindo refeições, hortas comunitárias revitalizando bairros e a valorização das comunidades tradicionais. O Brasil que Alimenta é mais do que um programa; é uma demonstração de que a luta contra a fome vai além do ato de encher pratos. É sobre transformar vidas, gerar oportunidades e assegurar que a alimentação saudável seja um direito de todos.

E você, o que pensa sobre essa transformação social? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários!

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