A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados tomou uma decisão marcante nesta quarta-feira: aprovou que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize uma auditoria sobre a viagem da primeira-dama, Rosângela da Silva, popularmente conhecida como Janja, para a Rússia, que ocorreu em maio de 2025. Esse movimento surge em um contexto de questionamentos sobre a legalidade e as despesas envolvidas na antecipação de sua visita, que aconteceu cinco dias antes da chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país.
A viagem de Janja, realizada em 2 de maio, antecedeu a participação do presidente na cerimônia que comemora os 80 anos do Dia da Vitória, evento emblemático que marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. O deputado André Fernandes (PL-CE), autor do requerimento que motivou a auditoria, argumentou que a falta de informações esclarecedoras sobre a motivação de sua viagem antes da do presidente justifica a necessidade de uma investigação mais profunda.
“A ausência de informações detalhadas quanto ao objetivo específico da antecipação da viagem, os critérios adotados para a definição dessa agenda paralela e a falta de transparência sobre os integrantes da comitiva impõem a necessidade de auditoria especializada”, destaca um trecho do requerimento.
Fernandes complementa que o suporte oferecido à primeira-dama não legitima o uso de recursos públicos para custear viagens sem uma motivação formal clara e a devida transparência em relação às despesas. Essa questão levanta um debate importante sobre a gestão de recursos públicos e a responsabilidade dos líderes em esclarecer suas ações.
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