
A história do crime organizado no Brasil ganha novos contornos quando o Comando Vermelho (CV) aproveita a desatenção do Primeiro Comando da Capital (PCC) em áreas antes relevantes para o tráfico. Com a diminuição do interesse do PCC por territórios menos lucrativos, o CV começa a se estabelecer fortemente em São Paulo, reconfigurando o cenário do tráfico de drogas.
Um exemplo claro dessa mudança se dá em Rio Claro, cidade do interior paulista, onde a presença da facção carioca se acentua. Leonardo Felipe Panono Calixto, conhecido como Bode, emergiu como o principal líder do CV no estado, conforme revelam investigações da Polícia Civil e do Grupo de Investigação do Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público.
As movimentações do PCC, que agora prioriza o tráfico internacional de drogas, têm gerado uma onda de violência na região. A facção paulista, ao se afastar de pequenos pontos de venda, deixou um espaço que rapidamente está sendo preenchido por rivais, enquanto tenta se reafirmar por meio de retaliações sangrentas. Desde 2022, conflitos entre PCC e CV resultaram em pelo menos 40 assassinatos.
O próprio Bode, que se estabeleceu liderando o CV em São Paulo, está sob ameaça de morte. Para se resguardar, ele se abrigou em um morro do Rio de Janeiro. Durante sua ausência, Luís Lopes Júnior, o Grão, assume a liderança interina, sendo apontado como seu “braço direito” e responsável por ações logísticas do grupo, incluindo assassinatos.
A luta pelo controle de território se intensifica. A chácara onde Grão frequentemente se hospedava, em Hortolândia, funcionava como um depósito estratégico para o CV. Em uma operação policial realizada em março, foi apreendida uma grande quantidade de drogas e armamentos neste local, o que revela a ousadia e a organização do crime na região.
O parceiro de Bode e Grão, conhecido como Japonês, foi detido durante a operação. A presença cada vez maior do CV em território paulista demonstra a adaptação e resiliência das facções criminosas, sempre em busca de novos métodos para expandir suas atividades.
O cenário do crime em São Paulo se transforma e cresce, demandando atenção e ações coordenadas das forças de segurança pública. A população, impactada por esse conflito, é chamada a se envolver e denunciar atividades suspeitas para restaurar a tranquilidade nas comunidades afetadas.
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