
No coração de São Paulo, a história da cratera que ressurgiu na Marginal Tietê é marcada pela urgência e pelos desafios técnicos enfrentados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Após meses de intervenções, a companhia lançou esgoto sem tratamento no rio Tietê, uma decisão emergencial tomada no último sábado (28/6) para permitir o trabalho de reparo. A cratera, que reapareceu em 11 de maio, simboliza não apenas um problema estrutural, mas também a necessidade de soluções rápidas para o saneamento urbano.
A Sabesp justificou essa “manobra emergencial”, necessária para acessar a tubulação a 18 metros de profundidade. Segundo a companhia, a intervenção possibilitará que equipes técnicas avaliem o que causou o surgimento da cratera, iniciando um diagnóstico preciso para uma solução definitiva.
“A manobra facilitará o acesso à rede e, posteriormente, a realização das obras para sanar o problema de forma completa”, afirmou a empresa.
A notificação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), ocorrida em 27/6, emitiu um alerta sobre os impactos do despejo de esgoto no Tietê, concedendo um prazo de 72 horas para alternativas. Assim, uma nova vistoria estava agendada para o dia seguinte, enquanto reuniões entre a Sabesp e a CETESB visavam encontrar soluções viáveis. A CETESB intensificaria as inspeções na região para fiscalizar possíveis lançamentos irregulares.
Com 48 dias desde a reabertura da cratera, localizada na pista central da Marginal, a situação requer cautela. Apesar da expectativa inicial de 30 dias para o reparo, a Sabesp alertou que a fragilidade do subsolo demandará trabalho adicional para garantir a segurança. Equipes injetaram o equivalente a 20 caminhões de argamassa no solo, como parte das medidas para estabilizar a área e proteger trabalhadores e motoristas.
“Os esforços estão concentrados no reforço da contenção do subsolo. Somente após essa etapa, a rede subterrânea poderá ser retomada com segurança”, declarou a Sabesp.
Além disso, uma alça de acesso foi construída para facilitar o tráfego na região, amparada por autoridades competentes para enfrentar os congestionamentos. Desde a sua inauguração, a fluidez na Marginal Tietê se mantém dentro de níveis normais, apesar das obras.
Para motoristas que desejam evitar a área, a CET oferece alternativas, sinalizando caminhos que conectam a Rodovia Castelo Branco e a Marginal Pinheiros, visando reduzir os impactos do fluxo intenso. Painéis de mensagens variáveis estão em operação para manter os motoristas informados sobre as condições da via.
Neste cenário complexo, o engajamento da população e a comunicação efetiva entre as partes envolvidas se mostram cruciais. Compartilhe sua opinião sobre os desafios enfrentados pela infraestrutura urbana de São Paulo! Como você vê a situação da Marginal Tietê e as medidas adotadas? Deixe seu comentário abaixo!