Ana Paula Oliveira, ex-participante do reality show A Grande Conquista 2, da Record, decidiu quebrar o silêncio e expor em suas redes sociais um episódio sombrio de sua vida: a violência doméstica sofrida por seu ex-companheiro. Após 30 anos de um relacionamento tóxico, ela relata como o medo e a opressão a mantiveram presa a um ciclo de abuso.
Em um relato poderoso, Ana Paula conta que seu marido fazia constantes ameaças patrimoniais sempre que ela considerava a separação. “Ele dizia que ia deixar minha família na rua”, revelou, lembrando que, durante a infância de seu filho, essa manipulação a forçou a aceitar uma vida de sofrimento. “Eu sofria calada, eram traições, abusos.”
Entre lágrimas, a influenciadora descreve como as agressões se tornaram parte do seu cotidiano: “Ele não deixava eu sair, não deixava eu estudar.” Embora tenha lutado para continuar sua educação em Direito, seu ex-marido se matriculou em uma faculdade apenas para vigiá-la, transformando seu desejo de autonomia em mais uma forma de controle e opressão.
Ana Paula recorda de uma noite em especial, quando um simples gesto de despedida de um colega na faculdade se transformou em um pesadelo: “Ele me levou a puxões de cabelo para casa. Eu sofri muito.” A situação se agrava ao revelar que, além das agressões físicas, ela foi exposta a situações inimagináveis, como o estupro: “Eu tomava remédio para dormir e ele me pegava dormindo. Acordava sangrando e sem conseguir caminhar.”
O isolamento foi uma constante em sua vida; Ana Paula relata que o ex-marido a mantinha em cárcere privado e hackeou suas redes sociais, monitorando cada passo seu. As ameaças tornaram-se parte de sua rotina torturante: “Uma vez, ele quebrou minha cabeça na parede. Meu filho, então com 14 anos, precisou intervir para que eu não morresse.”
Apesar de ter conseguido se afastar do ex, ele continuou a agir como um fantasma assombrando sua vida. Recentemente, Ana Paula começou um novo relacionamento, mas o ex não hesitou em atacar o novo parceiro. “Ele me empurrou, me deu um tapa na cara, fiquei toda roxa.”
A influência desse relacionamento abusivo deixou marcas profundas em Ana Paula, que agora luta também contra doenças psicológicas. Ela afirma: “Quero que esse homem pague, seja condenado, pois ele não foi apenas violento, mas também um estuprador.” A segurança dela ainda está ameaçada, e o medo é constante; três boletins de ocorrência já foram registrados e uma medida protetiva está em vigor, embora ele a tenha desrespeitado ao se aproximar.
“Quero ele preso, porque homem abusivo e agressor de mulheres tem que estar na cadeia”, clama Ana Paula, que busca justiça e um final para seu pesadelo.
Sua história é um grito por mudança e um lembrete da luta contra a violência de gênero. Compartilhe suas ideias e experiências. Sua voz pode fazer a diferença.