
Quando a vida de um artista se cruza com escândalos jurídicos, as histórias tomam rumos inesperados. É o que acontece com Érika Mader, ex-atriz da Globo, que teve seu nome envolvido em um caso de lavagem de dinheiro. Recentemente, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um pedido da atriz e de sua prima, a ginecologista Fernanda Mader, para que o Ministério Público Federal (MPF) esclarecesse as investigações relacionadas ao caso.
As sobrinhas da atriz Malu Mader, que também fez parte da história da Globo, buscavam informações sobre como um vice-presidente de um banco estrangeiro teria colaborado com a investigação, sem que houvesse um pedido formal de cooperação internacional. Além disso, queriam documentos que supostamente desmentissem a existência de contas ou ativos ligados a elas na instituição bancária.
O STJ, no entanto, não acatou esse pedido. Para a Corte, o depoimento do gerente do banco não era necessário, já que havia provas suficientes sobre os vínculos das acusadas com contas no exterior. A decisão foi unânime e ocorreu em abril.
O caso se complica ainda mais quando consideramos que, em fevereiro, o STJ também negou o recurso apresentado pelos pais de Érika e Fernanda, que tentaram se desvincular do inquérito. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Marco Antônio Barbosa de Alencar, e sua esposa, Patrícia Mader de Alencar, foram igualmente denunciados por lavagem de dinheiro. Curiosamente, Malu Mader não é mencionada na ação.
O inquérito é sustentado por diversas evidências, incluindo a colaboração de Raul Fernando Davies, empresário que apontou contas não declaradas de Alencar e Patrícia em um banco dos Estados Unidos, alimentadas por valores suspeitos de corrupção. Em um dos relatos, menciona-se um depósito impressionante de US$ 5 milhões.
A relatora do caso, Maria Isabel Gallotti, foi enfática ao afirmar que o papel de Marco Antônio era central na trama, não podendo ser separado dos demais acusados. A ministra votou a favor do recebimento da denúncia e da citação dos réus.
Os desdobramentos são ainda mais intrigantes. Segundo o Ministério Público, o esquema de lavagem envolvia a utilização de empresas das filhas para criar contratos fictícios e assim legalizar valores obtidos de maneira ilícita. A participação do empresário Alberto Bulus é mencionada como parte crucial do plano.
Nos relatos apresentados, há indícios de que Marco Antônio teria retirado, em espécie, R$ 500 mil da residência de Bulus, evidenciando a profundidade dos crimes que se estenderam de 1999 a 2016.
A defesa de Alencar se opôs veementemente às acusações, classificando-as como improcedentes. Por outro lado, a defesa de Érika e Fernanda pediu a rejeição da denúncia, mas não obteve sucesso. As complicações jurídicas seguem, enquanto o caso expõe a interseção entre fama e controvérsias.
Esse enredo recheado de surpresas e reviravoltas nos faz refletir: até onde a busca por justiça pode nos levar? O que você pensa sobre casos como este? Compartilhe sua opinião nos comentários!