Em meio a um cenário de luxo e polêmica, a construção da casa de Guilherme Derrite, um influente nome do PP, em Porto Feliz, levanta questões intrigantes. O empreiteiro Genilton Mota, responsável pela obra, revelou que um empresário próximo ao secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Moron, estaria envolvido nos pagamentos dessa construção. O empreendimento, avaliado em pelo menos R$ 3 milhões, está situado em um condomínio que se tornou o refúgio favorito de milionários, a apenas 115 quilômetros da capital paulista.
Para entender melhor, a obra de 440 m², não apenas supera em mais de três vezes os bens declarados pelo secretário há três anos, mas também gera especulações sobre a origem de seus fundos. Apesar da declaração oficial do secretário, que afirmou que a casa foi financiada exclusivamente com recursos próprios provenientes da venda de um apartamento e de seus rendimentos mensais, as ligações com Moron despertam dúvidas.
Mota, proprietário da Construtora Mota, informou, durante uma conversa com um suposto cliente, que os pagamentos são geridos por Gui Moron, um empresário conhecido por sua atuação em grandes eventos no interior paulista. Ele enfatizou que Moron é o responsável por realizar transações formais com a construtora. Essa situação levanta questões sobre a transparência e a legalidade dos acordos.
Questionado se se referia a Moron, Mota confirmou: “É, o Gui Moron. Faço a nota pra ele certinho, bonitinho. E daí ele faz o pagamento ali.”
Derrite, por sua vez, negou qualquer irregularidade. A Secretaria da Segurança Pública emitiu uma nota defendendo que todos os pagamentos são realizados diretamente pelo secretário e devidamente declarados em seu Imposto de Renda. Afirmou ainda que Moron, sendo cliente da construtora, apenas indicou a empresa responsável pela obra.
Enquanto isso, o dono da construtora compartilha nas redes sociais o progresso da obra, ostentando uma relação amigável com Derrite. Os altos custos da construção, que incluem R$ 140 mil em madeira Cumaru, apresentam um contraste preocupante com a descrição oficial da origem dos recursos.
Gui Moron, antigo amigo de Derrite, é um empresário de destaque, responsável por grandes eventos em Sorocaba. Sua presença constante em encontros políticos e sua recente condecoração pela Polícia Militar, oferecida por Derrite, consolidam uma rede de influências que une empresários e o governo.
Além da amizade, Moron também é conhecido por empreendimentos significativos, como a casa de shows UZNA e a churrascaria de alto padrão, além de estar envolvido em projetos de grande relevância como o parque temático da Cacau Show. Sua proximidade com Derrite e outras figuras influentes destaca o tecido complexo que liga a política aos negócios.
A casa de Derrite, que começou a ser construída em junho de 2023, não apenas representa um investimento pessoal significativo em um dos condomínios mais exclusivos do estado, mas também se torna o epicentro de um enredo envolvendo poder, dinheiro e amizade. Todos esses elementos instigam uma pergunta: até onde esses laços podem influenciar decisões e recursos públicos?
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