Guilherme Dias Santos, um marceneiro de apenas 26 anos, teve sua vida tragicamente interrompida em um incidente que levanta questões profundas sobre segurança e justiça. Ao correr para pegar um ônibus em Parelheiros, zona sul de São Paulo, ele foi fatalmente atingido por um tiro disparado pelo policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida. A família de Guilherme agora clama por justiça e pede que o policial seja novamente preso, temendo que ele intimide a única testemunha do caso.
Após menos de duas semanas detido, Fábio obteve liberdade provisória em uma decisão controversa. O desembargador Marco de Lorenzi, da 14ª Câmara de Direito Criminal, justificou sua decisão alegando que os argumentos que fundamentavam a prisão não eram sólidos. Essa abordagem levantou preocupações sobre a segurança da testemunha, um colega de trabalho de Guilherme, que inicialmente se sentiu coagido pela presença policial.
Em seu primeiro depoimento, a testemunha permaneceu em silêncio, assinalando a pressão que sentia. Somente em um segundo momento, ela começou a contradizer a versão do policial, afirmando que não houve roubo e que tudo ocorreu sem qualquer atividade suspeita até o momento do disparo. O relato do colega revela que os dois estavam juntos quando ouviram o tiro e viram Guilherme cair, enquanto o policial se aproximou perguntando onde estava a arma.
O clima de medo e represália se intensificou. A testemunha foi demitida e sentiu a necessidade de mudar de endereço, fazendo com que os advogados da família apresentassem um novo pedido de prisão para Fábio, baseado na urgência de garantir a segurança da prova testemunhal. Eles afirmam que a presença do réu em liberdade compromete a investigação da verdade dos fatos.
Na denúncia do Ministério Público, apresentada em 14 de agosto, o promotor Everton Luiz Zanella expõe que Fábio não agiu conforme seu dever e disparou três vezes, colocando em risco a vida de inocentes na via pública. A descrição do promotor enfatiza a impossibilidade de reação de Guilherme, que, após um dia de trabalho, apenas desejava voltar para sua casa e sua família.
Para relembrar esse caso, destacamos que a tragédia ocorreu na noite do dia 4 de julho. O policial alegou que reagiu a uma tentativa de roubo, mas a verdade é que Guilherme, um trabalhador sem envolvimento nas atividades criminosas, se tornou uma vítima inocente. Sua morte, ainda envolta em contradições e questionamentos, exige uma resposta da justiça enquanto a família luta por paz e clareza sob a sombra de uma dor imensurável.
Vídeos de câmeras de segurança registraram o momento fatídico em que Guilherme saiu do trabalho apenas minutos antes de sua morte. Essas imagens, essenciais para a elucidação do caso, reforçam a urgência de uma reflexão sobre a segurança e a responsabilidade no uso da força.
O que você pensa sobre esta situação? Qual é a sua perspectiva sobre a responsabilidade dos agentes da lei em acidentes como este? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a amplificar essa importante discussão sobre justiça e segurança.