A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda anunciou uma revisão otimista nas projeções de inflação para 2025, reduzindo a expectativa de 5% para 4,9%. Embora esse valor ainda esteja acima do teto da meta, que é de 4,5%, a mudança se deve a um recente desempenho da inflação, que ficou abaixo do esperado nos meses de maio e junho, com taxas de 0,26% e 0,24%, respectivamente.
Essa nova perspectiva reflete um ajuste nos cenários econômicos, influenciado principalmente pela projeção de uma cotação mais baixa do real em relação ao dólar. Ademais, a Fazenda antecipa que, em 2026, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve registrar uma inflação acumulada de 3,6%, dentro do intervalo previsto pela meta (1,5% a 4,5%). De 2027 em diante, a expectativa é que a inflação convirja para o centro da meta.
Essas informações foram divulgadas no Boletim Macrofiscal de junho, um relatório bimestral que apresenta as projeções para a atividade econômica e inflação, servindo como um guia crucial para o planejamento orçamentário da União.
Inflação de Junho
- Os preços de bens e serviços subiram 0,24% em junho.
- Com esse resultado, a inflação acumulou alta de 5,35%, evidenciando o estouro da meta para 2025.
- A energia elétrica residencial teve um aumento de 2,96%, sendo o principal responsável pelo impacto no índice, com um incremento de 0,12 ponto.
- No entanto, o custo dos alimentos caiu 0,43%, refletindo uma deflação no grupo Alimentação e Bebidas, o que é significativo, pois esse grupo possui o maior peso no IPCA.
Projeções para 2025 e 2026
2025
- PIB real: 2,5%
- IPCA (inflação) acumulado: 4,9%
- INPC acumulado: 4,7%
- IGP-DI acumulado: 4,6%
2026
- PIB real: 2,4%
- IPCA (inflação) acumulado: 3,6%
- INPC acumulado: 3,3%
- IGP-DI acumulado: 5%
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