1 setembro, 2025
segunda-feira, 1 setembro, 2025

Lira e Caixa viram impasse para término conjunto do União-PP com Lula

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As cartas se embaralharam na nova aliança do Centrão. O que antes era uma pressão do PP de Ciro Nogueira para que o União Brasil rompesse com o governo Lula, agora se inverteu. O União, sob a liderança de Antônio Rueda, está bem posicionado, aguardando que seus aliados dêem o próximo passo. Contudo, um ponto crucial surge: a resistência interna do PP em deixar a Caixa Econômica Federal, comandada por um indicado do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (AL).

Recentemente, o União Brasil e o PP formaram uma federação que promete fazê-los atuar como um único partido nos próximos quatro anos. O objetivo? Lançar uma candidatura forte de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse contexto, as lideranças ambas buscam anunciar a entrega conjunta de cargos na máquina federal e romper definitivamente com o Planalto.

Rueda declarou a aliados que o União Brasil deve formalizar seu desligamento do governo Lula até a próxima quarta-feira (3/9). Uma conversa agendada com Ciro Nogueira será o próximo passo para assegurar apoio nesse movimento. O presidente do PP, ex-ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, é um dos principais defensores da criação de uma candidatura única do Centrão combinada com a direita em 2026 para vencer Lula.


O ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL)

Jantar com líderes do MDB, PSD, União Brasil, PP, e Republicanos

Caixa Econômica Federal

O PP, por sua vez, está tentando pacificar suas próprias divisões sobre a entrega do Ministério do Esporte, atualmente sob a responsabilidade do ex-líder André Fufuca. O grande desafio parece ser a Caixa Econômica Federal, uma verdadeira joia para o Centrão, responsável por programas sociais de relevância, como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida.

A saída da Caixa se torna ainda mais complexa, dado que a indicação foi repartida entre partidos do Centrão. Há vice-presidentes do PP, além de representantes de partidos aliados, como o Republicanos, liderado pelo atual presidente da Câmara, Hugo Motta (PB), e até o PDT. O PL de Bolsonaro também recebeu uma indicação, atendendo a uma ala menos oposicionista.


Ministérios do União-PP

  • O União possui três ministérios, sendo que apenas o do Turismo é indicação formal da sigla.
  • Os ministros da Integração e das Comunicações são indicações de Davi Alcolumbre e devem permanecer.
  • O PP é responsável pelo Ministério do Esporte desde 2023, e alguns membros desejam continuar a aliança com Lula.
  • O controle dos ministérios é considerado fundamental para a reeleição de parlamentares, que utilizam essas pastas para fortalecer seu capital político.

O atual ministro do Esporte também demonstra hesitação em deixar o cargo. Fontes internas afirmam que ele ainda acredita na possibilidade de manter uma ligação com o governo, especialmente porque sua participação pode ser crucial em uma futura corrida ao Senado no Maranhão, onde o suporte de Lula pode influenciar votos.

Enquanto isso, o União Brasil já se desfez da maioria de suas indicações, incluindo cargos na Codevasf e no Denocs. Porém, o futuro do ministro do Turismo, Celso Sabino, ainda é incerto. Rueda deixou claro que, se Sabino não deixar a pasta, enfrentará a expulsão do partido. Sabino tenta reverter essa situação até a próxima semana, mas, se decidir permanecer no governo, o União considerará isso uma decisão pessoal de Lula, sem comprometer a orientação dos deputados.

E você, o que pensa sobre essa reconfiguração no cenário político? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!

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