Na noite de quarta-feira, 25 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente do México, Claudia Sheinbaum, se conectaram em uma conversação telefônica crucial. O tema do diálogo foi o tariff hike, uma medida imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visa taxar produtos mexicanos em 30% a partir de 1º de agosto. Assim como o Brasil, o México enfrenta esse desafio comercial, mas já começou a buscar formas de negociação com a administração americana, apesar da falta de resultados públicos até o momento.
Enquanto isso, o Brasil navega por um terreno mais nebuloso. Desde que Trump anunciou uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, o país não conseguiu abrir canais diplomáticos efetivos. O presidente americano justificou sua ação como uma retaliação a “ataques insidiosos” às eleições, e aproveitou a oportunidade para criticar a recente condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal. Em busca de novas soluções, Lula sondou a colega mexicana sobre possíveis caminhos para mitigar os efeitos do tarifaço nos produtos brasileiros, contando com a possível colaboração do México neste momento delicado.
Embora a discussão sobre o tarifaço tenha sido o foco da conversa, a nota oficial divulgada após o telefonema aborda outros aspectos. Lula recordou a interação que teve com Sheinbaum durante a Cúpula do G7, no Canadá, e agradeceu a presença do chanceler mexicano na Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro. Enfatizando a importância do fortalecimento das relações econômicas e comerciais entre Brasil e México, ambos presidentes acordaram que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, visitará o México nos dias 27 e 28 de agosto, acompanhado de uma delegação empresarial e outros ministros brasileiros.
Durante a visita, Lula sugere que inicie negociações para ampliar o acordo comercial Brasil-México, visando aumentar o fluxo de comércio entre as nações. Os líderes destacaram setores estratégicos como a indústria farmacêutica, agropecuária, etanol, biodiesel, aeroespacial e áreas de inovação e educação como essenciais para a relação bilateral.
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