Em um cenário de constante tensão e insegurança nas comunidades do Rio de Janeiro, o secretário de Segurança Pública, Victor Cesar, trouxe à tona uma questão delicada: a utilização de forças policiais de forma permanente nas favelas pode não ser a solução viável. Este debate surge após a megaoperação do dia 28 de outubro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, nos Complexos da Penha e Alemão.
Em entrevista ao programa Fantástico da TV Globo, Victor Cesar ressaltou a limitação do efetivo policial. Com quase um quarto da população vivendo em favelas — cerca de 1.900 comunidades —, o número total de 53 mil policiais disponíveis se torna irrisório. “Se a gente pegar todo o efetivo e dividirmos pelas comunidades, daria cerca de sete policiais por comunidade. Então, ocupação não é a solução”, afirmou.
Nos últimos tempos, o Comando Vermelho (CV) tem expandido sua influência tanto dentro quanto fora do estado. Antes da operação, a Polícia Civil havia prendido 449 líderes de facções de fora do Rio em apenas um ano, sem contar as ações da Polícia Militar, que também deteve centenas. Segundo o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, estas estatísticas refletem a gravidade da situação.
Os Complexos da Penha e Alemão, considerados redutos estratégicos do CV, foram o palco da operação que mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias civil e militar. A ação resultou em 81 prisões e na apreensão de 93 fuzis, pistolas, granadas e mais de 500 kg de drogas. O impacto foi imenso, mas a dúvida persiste: até que ponto ações dessa magnitude podem efetivamente transformar a realidade nas comunidades?
O desafio de garantir segurança e paz em um cenário tão complexo exige uma abordagem que vá além do mero uso da força. Convidamos você a refletir sobre isso: quais alternativas podem ser empregadas para lidar com o problema da violência e da criminalidade de forma mais eficaz? Sua opinião é valiosa. Comente abaixo e compartilhe suas ideias!