O presidente Lula traz à tona uma controvérsia que mexe com a estrutura da segurança pública. Ele deixou claro, em declarações recentes, que durante seu governo, as Forças Armadas não serão utilizadas nas favelas para combater o tráfico de drogas. Em suas palavras, “não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido”, refletindo uma visão diferenciada sobre o papel militar nas questões de segurança.
Essas declarações foram feitas no Palácio do Planalto em 27 de outubro de 2023 e geraram um intenso debate. A resistência em usar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) como ferramenta de combate ao crime, para Lula, é um ponto crucial. A discussão ganhou novos contornos após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.
“Não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas, enquanto eu for presidente não tem GLO.”
A operação gerou uma troca de farpas entre os governos federal e estadual. O governador Cláudio Castro, do PL, reclamou sobre a falta de apoio do governo federal no combate ao crime, afirmando estar “sozinho” nessa luta. Em resposta, o Palácio do Planalto afirmou que nunca recebeu um pedido formal para a utilização da GLO e que a atuação do Exército depende de um decreto presidencial.
Apesar da posição do presidente, autoridades estaduais de segurança, como o secretário Victor dos Santos e o coronel Marcelo de Menezes, comandante da Polícia Militar, têm se manifestado favoravelmente a uma colaboração entre o Exército e as forças estaduais. Essa tensão entre diferentes esferas de poder destaca a complexidade da segurança pública no Brasil e o desafio que o governo enfrenta.
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