Uma onda de calor intensa está assolando o sul da Europa, com previsões alarmantes para este domingo (29/6). Em países como Itália, Portugal, França e Espanha, as temperaturas estão prestes a atingir 43ºC, criando um cenário de preocupação para residentes e turistas.
Na Itália, 17 cidades enfrentam um alerta vermelho, com lugares como Milão, Bolonha, Nápoles e Palermo enfrentando máximas de até 39ºC. Em resposta à severidade do calor, muitas regiões, incluindo Ligúria e Sicília, implementaram restrições ao trabalho ao ar livre durante as horas mais quentes do dia.
As chamadas de emergência aumentaram significativamente. Em Roma, o termômetro já marcava 30°C às 10h da manhã, com a expectativa de que as temperaturas subam para 37°C. Turistas na Cidade Eterna tentaram buscar alívio da onda de calor utilizando chapéus e protetor solar enquanto se refrescavam em fontes públicas.
Em Veneza, a turista mexicana Alejandra Evheverria comentou sobre seu desconforto: “Está muito quente, mesmo à noite. Não há vento e é muito úmido.” A estudante chilena Anais Guerrero também sentiu o peso do calor, especialmente em filas sob a luz intensa do sol. Essa situação não é apenas desconfortável, mas um reflexo preocupante das mudanças climáticas que estamos encarando.
Estudos apontam que essas ondas de calor são evidências claras do aquecimento global, que deve continuar a intensificar a frequência e duração desses eventos. O IPCC, painel de mudanças climáticas da ONU, afirma que a intensidade das ondas de calor aumentou desde 1950 e essa tendência só tende a se agravar.
Na França, quase todo o território estará em alerta alaranjado, exceto por uma pequena parte ao norte. As temperaturas prometem chegar a 35°C, com noites que serão “extremamente desconfortáveis”, com mínimas acima de 20°C, conforme relata o meteorologista Tristan Amm.
A origem deste aumento de temperatura é uma chamada “cúpula de calor”, onde um anticiclone impede a entrada de ar fresco e amplifica as temperaturas. Em Marselha, como resposta à situação, a prefeitura decidiu liberar a entrada nas piscinas municipais.
Na Espanha, o cenário não é diferente. Com algumas regiões sob alerta laranja, os termômetros vão mostrar até 42°C em várias áreas. Em Sevilha, onde a previsão é de 43°C, tanto moradores quanto turistas procuraram abrigo com ventiladores e roupas leves. “O calor exige roupas leves”, resumiu Marta Corona, uma turista de 60 anos, enquanto desfrutava da brisa nas áreas mais frescas.
Em Portugal, a situação é crítica, com dois terços do país sob alerta laranja, prevendo máximas de 42°C em Lisboa e um alto risco de incêndios florestais. A combinação de calor extremo e seca representa um desafio significativo para a segurança e bem-estar de todos na região.
Estas condições climáticas extremas não são apenas um alerta para os dias que se seguirão, mas também um chamado à ação. Como você tem enfrentado o calor em sua região? Compartilhe suas experiências e estratégias nos comentários abaixo!