Em um caso emblemático que ressalta a urgência e a importância da assistência médica, um paciente de Rio Claro, no interior de São Paulo, conquistou uma indenização de R$ 75 mil por complicações advindas de uma demora no diagnóstico de apendicite. A decisão foi proferida pela 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, que confirmou a sentença da Vara da Fazenda Pública da cidade, responsabilizando a fundação municipal de saúde por sua ineficiência.
A indenização foi dividida em R$ 50 mil por danos morais e R$ 25 mil por danos estéticos. A história desse paciente é um alerta para a necessidade de um atendimento médico oportuno. Ele buscou ajuda na unidade de pronta-atendimento com fortes dores abdominais e, após a suspeita de inflamação no apêndice, foi informado de que uma ressonância magnética seria necessária para o diagnóstico definitivo, mas este exame não estava disponível.
Depois de receber medicação, o homem foi liberado, mas retornou à unidade no dia seguinte, ainda se queixando de dores. Infelizmente, a segunda liberação também não resultou em internação imediata. Três dias depois, a situação se agravou e ele foi levado para uma cirurgia de emergência, onde devido a intercorrências, passou por mais duas intervenções cirúrgicas.
Durante esse processo, o paciente perdeu 15 quilos, teve sua mobilidade comprometida e, com isso, precisou da ajuda de familiares para sobreviver. Essa tragédia de negligência médica foi analisada pelo desembargador Nogueira Diefenthäler, que argumentou que a má gestão do atendimento e a falta de ações imediatas causaram danos desnecessários e graves ao paciente.
Esse caso não só traz à luz os riscos associados a uma assistência médica tardia, mas também nos convida a refletir sobre a importância de exigir um atendimento ágil e adequado. Você já passou por uma situação semelhante ou conhece alguém que tenha enfrentado problemas com a demora no atendimento médico? Compartilhe sua experiência nos comentários!