O trágico caso de Lucas da Silva Santos, um jovem de apenas 19 anos que perdeu a vida de forma chocante, trouxe à tona uma série de revelações perturbadoras. Na última quarta-feira (16/7), seu padrasto, Admilson Ferreira dos Santos, confessou à polícia que também provou o bolinho envenenado que tirou a vida do enteado. Em palavras que cortam como uma faca, ele relatou que misturou um veneno conhecido como chumbinho com creme de leite para preparar os bolinhos que ofereceu à família.
Durante o interrogatório, Admilson revelou que seu ato estava enraizado em uma luta interna, admitindo que desejava se suicidar. Ele descreveu como se sentiu ao dar os bolinhos a Lucas, seus outros enteados e sua esposa. Em um áudio obtido pelo Metrópoles, ele disse: “Lucas foi o que mais sofreu”, trazendo à tona um sentimento de culpa e desespero que permeou suas palavras.
“Fui atrás de um potinho de creme de leite para os bolinhos. Coloquei o creme de leite, botei um pouco do chumbinho e coloquei na boca: cortou minha boca. Dei um pouco para o Lucas, um pouco para o Tiago e um pouco para ela [esposa].”
Questionado sobre a origem do veneno, Admilson revelou que pediu à esposa para comprar o chumbinho em uma loja de Diadema. O veneno foi adquirido por R$ 25 e, tragicamente, ele fez uma denúncia contra o comerciante que vendia o produto, que é ilegais no Brasil. O vendedor foi preso, mas liberado em seguida após audiência de custódia.
O velório de Lucas ocorreu em São Bernardo do Campo, refletindo a dor de uma família dilacerada. Mas a história não acaba aí. Constrangimentos adicionais surgiram quando relatos de abuso sexual por parte de Admilson contra os irmãos de Lucas foram trazidos à tona pela delegada Liliane Doretto. Segundo ela, os abusos ocorreram durante a infância das vítimas, criando um histórico sombrio que complica ainda mais a trama desse caso trágico.
A investigação sobre o envenenamento apresenta qualificadores sérios. O inquérito que pesa sobre Admilson inclui motivos torpes, como ciúmes e controle, além do uso traiçoeiro de veneno contra a vítima, e a ausência de qualquer alerta ou ameaça. A delegada esclareceu que o controle emocional exercido pelo padrasto impediu que Lucas pudesse se defender, dando uma nova dimensão ao horror dessa situação.
A relação entre Lucas e Admilson foi marcada pela insatisfação do padrasto, que se sentia ameaçado pela possibilidade de o jovem deixar a casa. Após receber bolinhos da tia de Lucas, Cláudia Pereira dos Santos, que disse ter preparado os itens por amor, a situação se complicou ainda mais, pois ela foi inicialmente apontada como a responsável pelo envenenamento. Cláudia negou qualquer envolvimento na criação dos bolinhos, insistindo que eles eram feitos com carinho e intenção.
Com tantos desdobramentos sombrios, esse caso nos lembra de quão complexas e tortuosas podem ser as relações familiares. A busca por justiça se intensifica, e o eco das vozes que clamam por respostas se torna cada vez mais forte. O que você pensa sobre esse trágico desdobramento familiar? Deixe sua opinião nos comentários.
