3 agosto, 2025
domingo, 3 agosto, 2025

Pai de santo comete estupros em série ao fingir incorporar Zé Pilintra

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Pai de Santo

Um pai de santo, conhecido como Leandro Mota Pereira, está sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, acusado de cometer atos de violência sexual contra pelo menos cinco mulheres, incluindo uma adolescente. As vítimas, com idades entre 17 e 30 anos, frequentavam um terreiro de umbanda em Sobradinho, onde o suspeito explorava sua posição de líder religioso para manipular e abusar delas.

As acusações revelam uma trama sombria que ocorreu entre maio de 2024 e junho deste ano. Leandro, autodenominado Pai Leandro de Oxossi, parecia criar um ambiente acolhedor, buscando ganhar a confiança das mulheres. Ele as convidava para passar fins de semana em sua propriedade rural, utilizando a fé como uma arma de controle.

Chás envenenados eram uma das táticas utilizadas. Em um relato, uma mulher e sua filha de 17 anos foram convencidas a dormir no terreiro. Leandro oferecia chá e sucos, mas, nas manhãs seguintes, as duas acordavam com cólicas e sangramentos. Em uma noite, a menor tomou apenas um gole da bebida e, à noite, acordou com o pai de santo nu sobre ela. Ao perceber que estava acordada, ele a intimidou, tapando sua boca para evitar gritos. Após o ato, ameaçou a adolescente, afirmando que faria mal a seu irmão se ela falasse.

Além de coagir sexualmente sua vítima com a figura de “Zé Pilintra”, uma entidade afro-brasileira, ele sussurrava palavras de manipulação, fazendo a jovem acreditar que as ações eram preordenas espiritualmente. Essa dinâmica de controle psicológico prolongou os abusos por semanas.

Outra mulher que buscava assistência espiritual também caiu nas garras do pai de santo. Após três meses frequentando o terreiro, Leandro começou a contatar a jovem via WhatsApp, sugerindo encontros cada vez mais intimistas. A pressão culminou em abusos sexuais na loja de artigos religiosos que ele possuía, onde ela foi forçada a se submeter a diversas agressões. A vítima, com medo, teve que mudar de cidade para escapar de suas ameaças, que incluíam afirmações sobre hackeamento de celular e espionagem.

O acusado, por sua vez, nega todas as alegações. Em sua defesa, afirmou não ter tido relações sexuais com nenhuma das mulheres e que todas as interações eram sempre acompanhadas por outras pessoas. Ele também contestou as afirmações de ameaças, alegando não ter conhecimento sobre hacking ou questões relacionadas a agressões.

Essas denúncias trazem à tona a urgência de discutir a exploração de vulnerabilidades dentro de contextos religiosos e a necessidade de um amparo às vítimas de abuso. É essencial que, juntos, possamos criar um espaço de apoio e acolhimento para aqueles que passam por situações semelhantes. Você já presenciou ou ouviu falar de casos como este? Compartilhe sua experiência e vamos abordar o tema juntos.

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