11 agosto, 2025
segunda-feira, 11 agosto, 2025

Pai de santo obrigava mulheres a fazerem sexo oral: “Limpar a língua”

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Renato Hudson Silva Alves, um pai de santo que deveria ser um símbolo de proteção espiritual, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal, acusado de explorar a vulnerabilidade de mulheres em busca de ajuda. Ao criar um ambiente de dependência emocional, ele mesclava promessas de cura com ameaças veladas, aproveitando-se do sofrimento de suas vítimas, que buscavam alívio para questões profundas como depressão e violência doméstica.

Com uma retórica perversa, ele justificava abusos como “purificação”, exigindo que as mulheres realizassem atos sexuais em名e de uma fé distorcida. Uma das vítimas foi impedida de manter qualquer relacionamento amoroso, sob a alegação de que isso poderia prejudicá-la. Para o pai de santo, as relações abusivas eram parte de um “tratamento” para ajudar as vítimas a se organizarem mentalmente, reforçando um ciclo de controle.

As ameaças eram constantes. Ele as manipulava a tal ponto que a ideia de interromper esses “tratamentos” se tornava aterradora, insinuando que a falta de suas intervenções poderia levar ao surto. Essa tática cruel apenas reforçava sua posição de poder e controle sobre as vítimas.

A prisão ocorreu na última sexta-feira (8/8), resultado de investigações da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher I (Deam I), que revelaram a verdadeira face de um líder religioso que se autoproclamava conselheiro e juiz. Durante dois anos, uma das mulheres sofreu abusos aterradores e até mutilações durante rituais que simulavam “cura espiritual” para transtornos mentais.

A Operação “Sórdida Oblatio” revelou a constante mudança de endereço do terreiro, um estratagema para evitar a justiça e dificultar a localização de novas vítimas. O nome da operação, que se traduz como uma “oferta impura”, simboliza a deturpação da fé em uma ferramenta de manipulação e violência.

As investigações continuam, e a Polícia Civil mantém a esperança de descobrir mais vítimas, desvendando um ciclo de abusos encobertos pela pseudocura religiosa. O que era para ser um espaço de acolhimento se transformou em um labirinto de medo e exploração. Se você ou alguém que conhece estiver passando por algo semelhante, é essencial buscar apoio e denunciar. Juntos, podemos romper o silêncio e trazer à tona essas dolorosas realidades.

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