Em uma conversa reveladora, Bia Lula, a neta mais velha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, compartilha suas impressões sobre a comunicação do governo durante uma entrevista. Formada em Comunicação Social, Bia admite que houve avanços significativos, mas acredita que ainda “dá para melhorar”. A nova administração de comunicação do Palácio do Planalto, sob a liderança de Sidônio Palmeira, trouxe um novo fôlego, mas, segundo ela, é necessário considerar outras abordagens, especialmente à medida que as eleições de 2026 se aproximam.
“A comunicação sempre pode ser aprimorada. O Sidônio realmente fez renascer a comunicação do Planalto, que, em minha visão profissional, não estava atingindo a população como deveria. Já percebo avanços, mas é crucial que continuemos buscando formas de nos conectar melhor”, explicou Bia.
Para ela, a forma como as informações são transmitidas ainda é muito burocrática, dificultando a compreensão do público. “Fizemos um vídeo com cachorrinhos e gatinhos que foi simpático, mas precisamos de mais variedade. É fundamental falar de maneira mais direta e próxima, considerando que hoje em dia a comunicação acontece majoritariamente pelo celular”, ponderou.
Bia também destacou a importância de explorar a internet como um meio poderoso de comunicação. Ela reconhece que a esquerda ainda luta para utilizar plenamente as ferramentas digitais, ao contrário da extrema direita, que já provou sua eficácia nesse campo. “A internet é uma grande potência, e precisamos saber usá-la a nosso favor”, comentou.
A figura da primeira-dama, Janja, foi outro tópico destacado por Bia. Ela acredita que Janja tem desempenhado um papel crucial ao humanizar a imagem de Lula. “Janja está antenada e traz de volta o olhar mais humano do meu avô, que se perdeu em meio a escândalos e problemas do passado”, afirmou.
“Ela grava meu avô em momentos intimistas, mostrando um lado mais próximo e humano dele. Isso ajuda a aproximar a população”, completou.
Bia também criticou os desafios enfrentados por Janja, enfatizando a presença de machismo e a dificuldade do “fogo amigo” na política. “Ela é alvo de críticas injustas e se dedica profundamente ao papel que desempenha”, observou.
Sobre seu próprio papel, Bia revelou que a ideia de produzir vídeos com críticas a adversários políticos surgiu de sua percepção de que a esquerda precisava se comunicar de forma mais clara fora de suas bolhas. “Foi uma resposta à dificuldade que temos de comunicar para quem realmente deseja entender o que está acontecendo”, explicou.
Com a proximidade do aniversário de 80 anos de seu avô, Bia tem plena confiança de que Lula está disposto a seguir em frente e disputar a reeleição em 2026. “Ele se cuida e está sempre ativo. Para ele, ficar parado é o pior”, concluiu, reforçando a determinação e a energia do presidente.
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