18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Penduricalhos elevam renda de secretários do governo de SP a até R$ 50 mil

Compartilhe

Imagem Ilustrativa

Em meio a uma crescente indignação pública, os secretários do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) têm burlado os limites salariais, revelando um sistema que permite que alguns deles auferam até R$ 50 mil mensais. Uma análise detalhada expõe como esses penduricalhos, ou jetons, inflacionam seus contracheques, resultando em rendimentos que superam os salários de diversas autoridades, incluindo o próprio governador de São Paulo.

Os dados do portal de transparência mostram que ao menos 12 secretários acumularam salários que superam a faixa dos R$ 31 mil. Essa quantia base é complementada por até R$ 20 mil, oriundos de funções como conselheiros fiscais em entidades estaduais. Essas atividades exigem que os secretários participem apenas de reuniões mensais, muitas vezes de forma virtual.

A doação econômica atraiu quase metade dos 25 titulares de pastas estaduais e inclui também secretários executivos e presidentes de estatais. O valor extra, no entanto, não está sujeito ao chamado abate-teto, o que possibilita aos secretários desfrutarem de supersalários sem restrições.

Entre os que se destacam nessa lista estão: Guilherme Derrite (Segurança Pública), cuja renda total, inclusive jetons, chega a R$ 56.590, oriunda de múltiplas fontes: salário de deputado, vencimentos da PM e os jetons acumulados. Essa soma, impressionante, revela um padrão que desafia a lógica administrativa.

Além de Derrite, outros quatro secretários recebem bônus que os levam à mesma faixa de rendimento. Arthur Lima, Andreza Rosalém, Samuel Kinoshita e Guilherme Afif Domingos também podem anotar em seus contracheques R$ 19.744 a mais por participações em conselhos, somando, assim, earnings que chegam a surpreender. Todos estão acima do limite estabelecido para os salários no estado.


Além desse esquema dos jetons, o próprio Metrô de São Paulo não ficou fora da polêmica. A estatal foi responsável por manter 112 servidores com salários que chegam a R$ 58 mil, até então abaixo do teto, mas retornaram a valores superiores após recentes reestruturações que alteraram seu status em relação aos aportes governamentais.

Em contraste, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) permanece atenta a essas questões, aplicando limites rigorosos nas remunerações. Entretanto, o mesmo não se pode dizer do Departamento de Águas e Esgotos, onde os salários podem ultrapassar os R$ 200 mil, mas estão dentro de uma estratégia que contorna os limites aplicáveis.

O governo de São Paulo, ao ser questionado, destacou que as nomeações e os valores pagos são regidos pela legislação vigente, defendendo a responsabilidade dos conselheiros em fiscalizar e orientar a administração pública. Contudo, essa lógica continua a gerar desgosto e exigências por maior transparência e justiça social.

Você também se sente incomodado com essas discrepâncias salariais? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião! Se essa questão te inquieta, precisamos ouvir você! Vamos debater essa realidade juntos.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você