
A história que envolve o cabo da Polícia Militar paulista, Felício Pereira Alonso Soler, de 46 anos, revela um lado sombrio de um agente da lei. Acusado de ser um assassino de aluguel, Soler também enfrenta um grave processo por racismo, ameaça e lesão corporal — um relato que ressoa com a indignação de muitos. Em novembro de 2022, Erculis Batista de Souza, de 41 anos, denunciou que o PM o ameaçou de morte, além de agredi-lo verbalmente, chamando-o de “macaco”.
O caso se desenrolou em um dia aparentemente comum, quando Erculis conversava com sua filha em um bairro rural. Um Volkswagen Gol azul interrompeu a cena, trazendo Soler, armado com um facão e um revólver calibre 38 em mãos. Em um ato brutal, Erculis foi atingido por um golpe de facão, causando-lhe uma lesão leve. O mais aterrador foi o momento em que o PM apontou a arma para seu rosto, fazendo com que a filha de Erculis, na tentativa de proteger o pai, se colocasse diante dele.
Enquanto a violência se desenrolava, Erculis pediu socorro, mas Soler, seguro de sua posição, declarou: “não vai dar nada, eu sou da polícia”. Em meio ao tumulto, a situação atraiu a atenção de curiosos, levando Soler a fugir. Antes de desaparecer, ele proferiu ameaças terríveis: “Eu te mato, preto macaco, ainda essa noite”. Apesar da gravidade das acusações, essa ameaça não se concretizou.
A filha de Erculis, hoje com 18 anos, também prestou depoimento e revelou que o pai estava agitado e gritando no dia da agressão. Contudo, em meio ao terror do momento, ela não conseguiu se lembrar se o PM estava realmente armado como Erculis afirmou, demonstrando o estado de pânico em que se encontrava.
A situação se complica ainda mais quando olhamos para o histórico de Soler. Ele foi detido recentemente sob suspeita de participar de uma série de homicídios ligados ao crime organizado na região de São José do Rio Preto, que culminaram na morte de Jefferson Caetano Barbosa em março de 2023. As investigações revelaram uma teia complexa de policias envolvidos em atividades criminosas, como agiotagem e assassinatos.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) se manifestou, informando que a PM está conduzindo um Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar as alegações sobre os policiais envolvidos. A SSP enfatizou a seriedade com que trata qualquer desvio de conduta, prometendo rigor nas investigações e na punição dos culpados.
Este caso representa um verdadeiro teste para a confiança pública nas instituições que deveriam garantir a segurança da sociedade. As decisões que emergirão desse processo poderão não apenas impactar a vida dos indivíduos envolvidos, mas tocarão a dinâmica da confiança nas forças de segurança. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe suas ideias nos comentários!