7 agosto, 2025
quinta-feira, 7 agosto, 2025

Projeto de Izalci prevê dinheiro de Loteria para entidade representada por alvo da PF

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Alejandro Parrilla em audiência na Câmara dos Deputados, em 2023

O senador Izalci Lucas (PL-DF) está liderando um projeto de lei audacioso que pode transformar a paisagem dos esportes eletrônicos no Brasil. O PL 6.118, apresentado em 2023, busca destinar 0,04% da arrecadação das loterias para a Confederação Brasileira de Games e Esports (CBGE). Este movimento não é meramente administrativo; ele promete impulsionar o crescimento de uma indústria em ascensão, no entanto, está cercado de controvérsias.

A CBGE foi representada por Alejandro Parrilla em uma audiência na Câmara dos Deputados, onde discutiu-se a regulamentação dos jogos eletrônicos. Contudo, Parrilla tem um histórico problemático, sendo um dos alvos da operação Korban, que investiga possíveis desvios de emendas parlamentares que deveriam financiar eventos de esportes digitais, incluindo os Jogos Estudantis Digitais.

Em meio a um cenário repleto de pontos de interrogação, a CBGE se distanciou de Parrilla, afirmando que sua gestão, sob a liderança de Leonardo Fontes do Rêgo desde julho de 2024, não mantém vínculos com o ex-representante. No entanto, a falta de clareza sobre sua relação anterior levanta suspeitas. Em nota, Fontes expressou seu compromisso com uma rigorosa apuração interna, prometendo total transparência nas ações da entidade.

A proposta de Izalci, que permanece estagnada no Congresso desde 2024, foi motivada pela premência de crescer a economia dos e-sports. Ele ressalta que a CBGE tem a missão vital de defender os interesses dos jogadores e oferecer oportunidades no mercado de trabalho, ambicionando uma inclusão social através do esporte, uma visão que, no papel, parece louvável.

Porém, a camada de complicações não para aí. A operação Korban revelou possíveis desvios e irregularidades que podem ter causado um rombo significativo aos cofres públicos, estimado em R$ 13,2 milhões. O senador Izalci, quando questionado sobre o projeto e suas ligações com a controvérsia, afirmou não ter qualquer relação pessoal com a CBGE ou Parrilla. Mencionou que foi ele quem se deparou com a proposta em meio ao alvoroço de um grande evento internacional de e-sports, mas não ajudou no projeto de forma intencional.

“Recebemos inúmeras demandas no gabinete. Os e-games estão no auge, especialmente com a Copa se aproximando. Ao saber das necessidades, apresentei o projeto, mas não tenho laços diretos com a CBGE”, defendeu-se o senador.

A questão que paira no ar é: podemos confiar em que o recurso gerado pela loteria será utilizado de forma correta e eficiente no cenário dos e-sports? Ou as sombras do passado continuarão a assombrar o futuro promissor desse setor? À medida que aguardamos mais esclarecimentos e desenvolvimentos nesta trama complexa, o espaço continua aberto para novas manifestações e interações. O que você pensa sobre essa situação? Compartilhe sua opinião!

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