Uma nova tempestade está se formando no cenário econômico internacional com o projeto de lei de “Sanções à Rússia de 2025”, atualmente em tramitação no Senado dos EUA. Se aprovado, este projeto poderá impor uma tarifa extraordinária de 500% aos produtos oriundos do Brasil. A proposta, que se destina a aumentar a pressão sobre a Rússia, visa atingir diretamente as nações que mantêm relações comerciais com o governo de Vladimir Putin, especialmente em transações envolvendo petróleo, gás natural e derivados de petróleo.
O impacto dessa medida poderia ser devastador para a economia brasileira. Em 2022, o Brasil foi o segundo maior importador de diesel da Rússia, com um custo superior a R$ 38 bilhões, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP). Além disso, cerca de 30% dos fertilizantes utilizados no Brasil são importados da Rússia, conforme dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Conforme o projeto, uma vez aprovado, o presidente dos EUA terá 15 dias para assinar a determinação, e a tarifa se tornará efetiva em um prazo de 90 dias. A proposta conta com o respaldo de ambos os partidos, republicanos e democratas, conquistando crescente apoio no Congresso norte-americano.
Este projeto estabelece que o presidente deve aumentar a alíquota tarifária para todos os bens ou serviços importados de qualquer país que compre ou comercialize itens russos, segundo as especificações da proposta. A intenção por trás dessa ação é pressionar a Rússia a buscar um acordo de paz com a Ucrânia, intensificando o isolamento comercial do país.
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Lula e Putin
Ricardo Stuckert/Presidência da República
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Lula participa de jantar ao lado do presidente da Rússia
Ricardo Stuckert / PR
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Presidente viajou à Rússia por ocasião das comemorações dos 80 anos do Dia da Vitória
Ricardo Stuckert / PR
A legislação prevê que a tarifa aplicada aos países aliados de Putin não deve ser inferior a 500%, além de ser acumulada com possíveis taxas antidumping ou compensatórias conforme a Lei Tarifária de 1930. Com isso, caso o projeto avance, o Brasil poderá enfrentar uma tarifa total de até 550%, somando-se à tarifa de 50% que deverá entrar em vigor a partir de 6 de agosto.
O senador republicano Lindsey Graham, da Carolina do Sul, é o relator do projeto, que já conta com o suporte de pelo menos 82 coautores de ambas as esferas políticas no Senado, composto por 100 membros. A situação pede atenção e reflexão sobre os impactos que essas decisões podem ter nas relações internacionais e na economia brasileira.
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