Em um episódio que incendiou os ânimos no Congresso, o PSol apresentou uma representação contra o deputado federal Sargento Fahur (PSD-PR), alegando quebra de decoro parlamentar. A controvérsia surgiu durante uma sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, onde Fahur fez declarações que geraram indignação.
Em meio à discussão sobre a proibição de estabelecimentos comerciais dentro de presídios, o clima esquentou quando o deputado Alberto Fraga (PL-DF) mencionou o filme *Marighella* (2019). Ele fez piadas sobre a participação do deputado Henrique Vieira (PSol-RJ) no longa-metragem, que retrata a opressão durante a ditadura militar, e riu das cenas de tortura do personagem.
Quando solicitou a palavra, Vieira foi atacado por Fahur, que disse: “se tiver um filme que o Pastor Henrique apanhe, eu quero ser o policial que bate, mas é só um filme”. A declaração, longe de ser inofensiva, foi percebida como uma ameaça, levando Vieira a se manifestar sobre a gravidade do comentário.
A defesa de Fahur, ao considerar seu comentário uma “brincadeira”, desconsidera a seriedade da situação. “Achei que seria tranquila a brincadeira”, declarou, minimizando a repercussão e afirmando que não tinha intenção de ofender Vieira. Porém, o PSol argumenta que as palavras de Fahur configuram uma violência velada e desrespeitosa, desvirtuando a discussão em um ataque pessoal.
Esse incidente se coloca como mais uma evidência das tensões políticas que permeiam a atualidade, levantando questões sobre a responsabilidade dos representantes públicos em suas falas. Como o público deve reagir a situações que deterioram o debate democrático? Que espaço resta para o respeito no discurso político? Compartilhe sua opinião!
