A cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, dá um passo significativo em direção à valorização dos laços afetivos entre humanos e animais. A Câmara Municipal aprovou, em regime de urgência, um projeto de lei que garante aos servidores públicos o direito a um dia de folga em caso do falecimento de seus animais de estimação, sejam cães ou gatos. A proposta, idealizada pelo vereador Robson Carvalho, aguarda agora a sanção do prefeito.
Esse importante reconhecimento assegura que o tutor possa se afastar do trabalho mediante a apresentação de um atestado de óbito emitido por um veterinário registrado. Cada servidor pode utilizar esse benefício até três vezes ao ano, permitindo que gerencie melhor o luto de seus queridos pets.
Com a proposta, o vereador destacou a intenção de proporcionar dignidade e acolhimento em momentos de dor, argumentando que essa legenda preenche uma lacuna na legislação municipal. A ideia é oferecer um tempo para que o servidor possa tomar providências adequadas, como acionar clínicas ou centros de zoonoses, evitando o descarte inadequado do corpo do animal, o que pode ser prejudicial à saúde pública.
A perda de um animal de estimação é um acontecimento profundamente impactante, muitas vezes comparável à morte de um ente querido. A psicóloga Marcelle Alfinito, especialista em saúde mental, aponta que a morte de um pet desencadeia reações emocionais intensas e um luto que não deve ser ignorado. Os cães, considerados membros da família, ocupam um papel emocional significativo nas vidas de seus tutores.
A psicóloga explica que as etapas do luto por um animal de estimação coincidem com os mesmos estágios enfrentados após a perda de qualquer ser querido: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. A fase depressiva, por sua vez, pode se prolongar por mais de 12 meses em adultos. Portanto, é fundamental viver essas emoções ao invés de tentar superá-las rapidamente.
Alfinito alerta contra a tentação de substituir imediatamente o animal perdido por um novo pet, já que isso pode prolongar o luto e dificultar a superação do ocorrido. O que se recomenda é permitir-se sentir a dor, dando espaço para que as emoções sejam processadas de forma saudável.
Você também já enfrentou a perda de um pet? Como lidou com esse momento delicado? Compartilhe sua experiência nos comentários e vamos juntos refletir sobre a importância dos laços que construímos com nossos animais.