Lucas Ribeiro Leitão, um brasileiro de 30 anos, está novamente nas manchetes, agora sob os olhares atentos da Polícia Civil do Distrito Federal. Desta vez, porém, sua jornada tumultuada começou durante um intercâmbio na Irlanda, onde, segundo relatos, seu comportamento alarmou aqueles que estavam ao seu redor.
Um vídeo revela o momento de sua abordagem pelos policiais irlandeses, após amigos expressarem preocupação com seu estado mental. Enquanto a gravação contém apenas áudio, as palavras confusas de Lucas indicam um estado de confusão espiritual. Ele, ao abrir a porta, menciona que possui um “mapa imenso” sobre Maddie McCann e afirma já ter um helicóptero pronto para ir a Portugal.
A conversa entre Lucas e os policiais, marcada por um misto de inglês e português, expõe sua mente inquieta tentando justificar ideias desconexas. Em meio a isso, um amigo tenta convencê-lo de que suas ações são insanas: “Lucas, o que você ‘tá’ fazendo é loucura.” Lucas, em resposta, solicita um quarto branco para acalmar sua mente, revelando o desespero que sentia.
Liberado após algumas horas sem acompanhamento adequado, Lucas voltou para o Brasil. Sobretudo, ele trouxe consigo preocupações que logo capturariam a atenção das autoridades locais. Um amigo que acompanhou sua jornada na Irlanda, preferindo não se identificar, destacou que um inverno gélido havia acentuado seus sinais de instabilidade mental. De um jovem entusiasta com planos de vida, Lucas estava se transformando em alguém que enviava mensagens sem sentido e abandonava seus compromissos diários.
Em seus delírios, ele afirmou que sabia onde estava o corpo de Madeleine McCann, gerando ainda mais estranhamento entre aqueles que o conheciam. Preocupado com o estado de Lucas, um padre local acionou a polícia irlandesa, que o conduziu a uma avaliação médica.
Recentemente, o cenário se repetiu no Brasil. No dia 20 de setembro, Lucas foi preso por incitar a violência nas redes sociais, oferecendo discursos de confrontação armada e ameaças a instituições. Segundo o delegado Fabrício Borges, a equipe monitorava suas postagens, que revelavam um padrão preocupante semelhante ao de um ano atrás.
Suas mensagens, permeadas de inquietação, incluíam convites para uma suposta “guerra”, mencões a “tomar” territórios e uma visão distorcida de selecionar Portugal como alvo inicial. A equipe de segurança decidiu agir antes que suas palavras se tornassem ações.
A história de Lucas é um retrato do deslizar entre a normalidade e a deterioração mental, envolvendo sombras de delírios e comportamentos perigosos. Ele já tinha um histórico com a polícia, tendo sido detido em dezembro por similaridades alarmantes, onde falava de “táticas militares” e projetava planos de ataque a Brasília. Naquela ocasião, foi liberado sem um processo criminal por falta de evidências concretas de crime.
A reabertura do caso, motivada pelas novas postagens e comportamentos alarmantes, culminou em sua detenção mais recente. Um ciclo vicioso de conflito interno e busca por atenção poderá, finalmente, levar Lucas a receber o tratamento que precisa. E você, o que pensa sobre a responsabilidade das redes sociais nesse tipo de comportamento? Compartilhe suas ideias nos comentários!