4 novembro, 2025
terça-feira, 4 novembro, 2025

Equipe de metalurgia do CV projetava e fabricava peças de fuzis em SP

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Em 21 de agosto, uma ação impactante da Polícia Federal (PF) desmantelou um esquema clandestino em Santa Bárbara d’Oeste, São Paulo. A operação revelou uma verdadeira fábrica de armas, operando sob a fachada de uma metalúrgica que produzia, supostamente, peças aeronáuticas. Quatro homens, liderados por Gabriel Carvalho Belchior, foram apontados como parte dessa quadrilha, com dois deles sendo presos em flagrante.

Na investigação, a PF descobriu que a Kondor Fly Parts Indústria e Comércio de Peças Aeronáuticas, de propriedade de Belchior — atualmente foragido e com nome na lista da Interpol —, era o palco da fabricação de componentes para fuzis. A suspeita é que Belchior esteja agora na Flórida, e as operações ilícitas ocorriam à noite, longe do olhar público.

Equipamentos avançados, como máquinas de Controle Numérico Computadorizado (CNC), foram utilizados para criar fuzis automáticos. Enquanto isso, a PF rastreou o fluxo de operações para um imóvel em Americana, onde 35 conjuntos de peças de fuzis do tipo AR-15 e silenciadores foram encontrados, revelando uma logística minuciosamente organizada.

O esquema operava com altos investimentos. Os membros da quadrilha pagavam R$ 69 mil mensais a Belchior pelo aluguel da fábrica. Wendel dos Santos Bastos, encarregado da logística, garantiu que a produção não parasse, facilitando a aquisição de insumos e mantendo a engrenagem funcionando sem interrupções. O grupo comercializava cada fuzil entre R$ 8 mil e R$ 15 mil, com vendas chegando a outros estados como Rio de Janeiro, Bahia e Ceará.

Entre os clientes, destacam-se facções como o Comando Vermelho e menções ao Primeiro Comando da Capital (PCC). O delegado responsável, Jeferson Dessotti Cavalcante Di Schiavi, destacou a importância da operação, que, ao lado do 10º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), resultou na prisão de envolvidos e na evidência de um comércio ilegal extenso e alarmante.

A criminalidade se expande, e as investigações da PF do Rio de Janeiro seguirão em frente, analisando a conexão da fábrica paulista com núcleos cariocas que abastecem as facções em busca de controle territorial. O que poderia ter sido apenas um dia comum em uma metalúrgica se transformou em um verdadeiro drama de insegurança e ilegalidade.

Agora, queremos saber a sua opinião. O que você acha sobre a atuação da polícia frente a esse tipo de crime? Comente abaixo suas impressões e reflexões sobre esse caso intrigante!

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