1 outubro, 2025
quarta-feira, 1 outubro, 2025

Esquema de gabaritos manipulados em concursos é alvo de operação

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Na manhã desta quarta-feira (1º/10), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) de Santa Catarina, com apoio do Ministério Público de Santa Catarina e da Polícia Civil, deflagrou a 2ª fase da Operação Electus e a Operação Papel Marcado, ambas voltadas a investigar um esquema de fraudes em concursos públicos no Oeste catarinense e no Sudoeste do Paraná.

As ações foram realizadas em 10 municípios, entre eles Palmitos, Campo Erê, São Bernardino, Saltinho, Santa Terezinha do Progresso, União do Oeste, Entre Rios, São Ludgero, Jardinópolis e Marmeleiro (PR).

Ao todo, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão em Palmitos. Também houve a suspensão das funções de oito servidores públicos e a interrupção das atividades da empresa investigada.

Como funcionava o esquema

De acordo com o Ministério Público, a fraude ocorria por meio da manipulação de gabaritos e do direcionamento dos certames, beneficiando candidatos específicos. Há indícios de envolvimento de servidores municipais e da empresa responsável pela organização das provas.

As apurações apontam que a atuação criminosa afetava a lisura dos concursos, comprometendo o princípio da igualdade entre os candidatos. A suspeita é de que os investigados pré-determinavam vencedores nos processos seletivos, corrompendo os resultados.

Força-tarefa

A operação mobilizou 137 agentes e 40 viaturas, além de contar com seis promotores de Justiça, incluindo coordenadores do Gaeco estadual e regionais. Também houve apoio da Polícia Militar, Polícia Civil, Gaeco do Paraná e suporte aéreo do Saerfron. A Polícia Científica de SC participou para garantir a preservação da cadeia de custódia das provas recolhidas.

A primeira fase da Operação Electus havia sido realizada em 10 de junho de 2025, nos municípios de São Bernardino e Palmitos. O nome Electus, em latim, significa “escolhido” ou “eleito”, numa referência ao direcionamento fraudulento dos aprovados.

Já a Operação Papel Marcado alude à suposta manipulação de gabaritos, marcados previamente para favorecer candidatos.

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