18 julho, 2025
sexta-feira, 18 julho, 2025

Estados Unidos aumentam compra de carne brasileira antes de tarifa de Trump, diz Cepea

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Carne vermelha fresca, e trabalhador de talho trabalhando em segundo plano

Recentemente, um fenômeno inesperado tomou conta do mercado de carnes. Empresários americanos, em um movimento de antecipação ao “tarifaço” de 50% anunciado por Donald Trump, elevaram as compras de carne bovina do Brasil a níveis recordes. Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, revelam que as exportações para os EUA excederam 40 mil toneladas mensais, um feito histórico nos meses de março e abril.

Esse aumento expressivo nas compras reflete a crescente preocupação dos importadores com a nova política tarifária. Ao se anteciparem, garantiram estoques robustos, mas o efeito dominó já é perceptível: em junho, após essas aquisições massivas, o volume de exportação para os EUA atingiu o menor nível desde dezembro de 2023.

A iminência das tarifas de Trump não apenas criou urgência entre os compradores americanos, mas também gerou tensão no setor agropecuário brasileiro. Com os EUA figurando como o segundo maior destino das exportações de carne bovina, absorvendo 12% do total (perdendo apenas para a China, com 49%), frigoríficos brasileiros estão considerando suspender novos envios, preocupados com abertura de uma nova frente de desafios.

Além disso, o estudo do CEPEA alerta para os impactos negativos em outros setores. O suco de laranja, que já enfrenta uma tarifa superior a 400 dólares por tonelada, é apontado como um dos mais vulneráveis à nova taxação. Muitas indústrias brasileiras começaram a suspender exportações desse produto. O setor de café também vive um momento crítico, já que os EUA são o maior consumidor do grão brasileiro, representando 25% das exportações. A sobretaxa ameaça a viabilidade econômica das operações no mercado americano.

Esse cenário levanta questões sobre os caminhos futuros do comércio entre Brasil e Estados Unidos. Como você acha que os mercados irão reagir às novas tarifas? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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